Fevereiro chegou e o Carnaval está bem próximo de começar. Um mês de muita festa, que também pode trazer muita preocupação. Apesar de não existirem “doenças de Carnaval”, é nesse período de folia que aparecem algumas patologias, principalmente as transmitidas pelo beijo.
Bloco dos Sujos em 2020, no Centro de Florianópolis – Foto: Lorenzo Dornelles/ND
“É que os foliões não estão imunes às doenças transmitidas pelo beijo”, explica o clínico-geral e infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paulo Olzon.
O especialista continua, afirmando que quando se está doente, o vírus fica concentrado de forma numerosa na saliva. À medida em que a pessoa beija, a saliva dela entra em contato com a de outro indivíduo e acontece a contaminação.
Beijar muitas pessoas desconhecidas favorece a transmissão de doenças pela saliva, mas você conhece as doenças mais transmitidas durante a folia?
Beijar pessoas desconhecidas favorece a transmissão de doenças pela saliva – Foto: R7/Reprodução/ND‘Doença do beijo’ 3e4e4n
Entre as infecções mais comuns nesses dias de festa, a que ganha destaque é a mononucleose, conhecida também como a “doença do beijo”.
O otorrinolaringologista José Stênio Ponte, da clínica Otorrino DF, de Brasília, diz que existe um aumento de 20% a 30% na incidência da mononucleose infecciosa durante o carnaval.
Os sintomas dessa doença são intensos e podem ser confundidos com uma virose, porque incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e até ínguas no pescoço.
Herpes 684i4q
Outra das doenças que podem ser transmitidas pelo beijo é o herpes. É sempre bom ficar de olho se a boca de quem vai beijar possui alguma ferida ou bolha de aspecto amarelado ou vermelho. Se tiver, é recomendável deixar o beijo para outro dia.
Porém, mesmo sem lesões visíveis ainda podem ocorrer transmissões do vírus durante o beijo. Em caso de contaminação ou dúvidas, procure um médico para fazer uma avaliação visual.
Herpes labial – Foto: Reprodução/Internet/NDVale lembrar, que tanto a mononucleose como o herpes são vírus que não têm cura. Eles ficam no corpo de forma latente (não se manifestam).
Quando a pessoa fica com a imunidade muito baixa, esses vírus podem ser reativados. No caso do herpes, o estresse emocional, a privação de sono ou a exposição prolongada ao sol reativam a doença.
Citomegalovírus 1p5l5n
Da mesma família que o herpes e a mononucleose, o citomegalovírus também é transmitido pelo beijo. Os sintomas incluem: dor de garganta e febre.
De acordo com Paulo Olzon, quem já foi diagnosticado com Aids precisa tomar muito cuidado com a doença. Ele explica que para quem tem Aids, o vírus pode gerar uma série de acometimentos no pulmão, no aparelho digestivo, no sistema nervoso. Além disso, a infecção pode gerar inflamação na retina que, se não tratada, leva à cegueira.
‘Sapinho’ 46523y
Outra doença é a candidíase ou “sapinho”, doença provocada pelo fungo “Candida albicans” que provoca lesões brancas na língua, na parte interna das bochechas ou nos lábios. O tratamento é feito, geralmente, com medicamentos antifúngicos.
Covid-19 1j6n
Por fim, os especialistas também alertam para o perigo da transmissão do vírus da Covid-19, e das gripes e resfriados no geral. Todos são transmitidos pela saliva, então o cuidado deve ser redobrado. Não esqueça a cautela e fique de olho se o “crush” estiver espirrando ou tossindo, antes do beijo.
E lembre-se, ao menor dos sintomas procure um médico.
*Com informações do Portal R7
