
No hall do prédio onde mora com a família, em Florianópolis, Adam Dresch Corrêa, de 10 anos, recebeu a equipe de reportagem com timidez, mas segurando em mãos o exemplar do Jornal ND, que costuma ler todas as manhãs.
Pouco tempo depois de chegar a Florianópolis, em janeiro de 2024, após a transferência de trabalho da mãe, Vera Dresch, bancária, Adam faz da leitura do impresso um hábito.
Adam é figurinha carimbada da biblioteca n573b
A poucos os dali, na biblioteca pública que fica a uma quadra de casa, Adam e o irmão mais novo, Arthur, de seis anos, encontraram um refúgio de histórias e descobertas. Foi lá que, mais à vontade, Adam revelou sua paixão pela leitura e pelo jornal impresso.
O interesse pelo periódico surgiu de forma inusitada: o porteiro do prédio, leitor assíduo e do ND, apresentou o jornal ao garoto.

Desde então, Adam não a um dia sem folhear as páginas, em especial o caderno de esportes, onde acompanha as notícias do Avaí, o time que adotou como do coração.
“Ele ou a ter o ao jornal por conta do nosso porteiro e criou o hábito da leitura diária”, contou, orgulhoso, o pai de Adam, o advogado Kaiser Corrêa. Mas o interesse de Adam por livros mais densos não começou aí.
Antes mesmo de abrir o Jornal ND pela primeira vez, ele já devorava aventuras e ficções, como o clássico “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne, última obra lida por ele. “Sempre gostei de ler”, disse ele, de forma tímida, enquanto mostrava o livro.
Adam é autodidata. Não precisa de estímulos externos para mergulhar em novos aprendizados. O pai, inclusive, costuma desafiá-lo com perguntas de temas que mais gosta, como esporte, por exemplo.
Durante a entrevista, Kaiser pediu ao filho para listar os anos em que o Brasil conquistou a Copa do Mundo e em quais países. Adam pensou por alguns segundos, e disparou a resposta correta de forma confiante.
Na biblioteca, Adam é figurinha carimbada
“Ele já é letrado. O irmão, Arthur, ainda está em processo de alfabetização, mas já demonstra interesse em seguir os os do irmão mais velho”, contou Kaiser, destacando que o mais novo costuma ficar ao lado de Adam, atento às histórias e às descobertas que saem das páginas.
Adam, que também gosta de jogar futebol, prefere dedicar seus momentos de lazer ao jornal e aos livros.

“Eu leio da escola, da biblioteca e o jornal também. Gosto muito de ficção e do caderno de esportes, principalmente do Avaí”, contou, garantindo que sempre encontra tempo para ler.
Enquanto Adam devora páginas de livros e jornais, Arthur ainda brinca com as palavras, curioso com as letras que começa a decifrar. Na biblioteca, o irmão mais novo, de olhos atentos, folheando livros infantis, sorria ao ver figuras e letras que, em breve, também farão parte de suas próprias leituras.
Irmãos têm o ao uso de celular 2zd28
Ao ver os filhos se interessarem tanto pela leitura, Kaiser expressa alívio em meio a uma geração cada vez mais conectada a celulares e redes sociais.
“O o deles ao celular é . Redes sociais não foram criadas para esse tipo de interação, e a leitura é o que está à disposição deles, seja em livros ou, no caso do Adam, no jornal impresso”, disse, sorrindo.
Para Vera, o uso de telas faz parte da rotina familiar. “O uso de telas deixa as crianças muito ansiosas. Então, para ter um controle, é importante que eles não tenham o indiscriminado.
Assim, sobra mais tempo para leitura e também para praticar esportes. Isso estimula a criatividade e faz com que eles busquem outras fontes de conhecimento”, explicou.