A poluição sonora e a presença de lixo nas proximidades das praias de Florianópolis são questões que perturbam os frequentadores durante o verão. As queixas são constantes por parte de moradores e turistas, que encaminham reclamações diariamente ao Fiscaliza Verão, projeto do Grupo ND.

Na Barra da Lagoa, no Leste de Florianópolis, os dias de sol têm atraído um bom público não apenas aos finais de semana. Na tarde de segunda-feira, o casal Lindisey e Jhonny, que veio de Curitiba, no Paraná, para conhecer a Ilha, exaltou as belezas das praias, mas apontou que os cuidados com a limpeza poderiam melhorar.
“O que mais me incomoda é ver as pessoas indo embora e não recolherem o próprio lixo. É tão óbvio e, com um lugar tão bonito, tem que termais cuidado”, diz a bióloga Lindisey Netonuceno, 31.

Já para o professor Jhonny Kuinsler, 28, a poluição sonora é o que mais incomoda.
“Nós viemos descansar e ouvir o barulho do mar. Um pouco depois, veio uma pessoa do nosso lado e colocou uma música. Em seguida, outra colocou outra música diferente. É uma mistura que não sabemos nem o que estamos ouvindo”, relata.
“Tem que ter um senso de comunidade na praia, porque são muitas pessoas, com muitos gostos diferentes”, acrescenta.
Bom senso 1k4z1d
A mesma opinião é compartilhada pelas primas Elaine Hasckel, 45, e Maria Cecília Hasckel, 58.

Falta bom senso quando o assunto é lixo e música alta vindo da caixa de som de várias pessoas.
“Eu sou moradora de Florianópolis e percebo muito lixo na praia durante a alta temporada. O pessoal vem com um monte de coisa e vai embora deixando tudo na areia”, cita Elaine.
Sobre o som, a Maria Cecília, de São Paulo, apoia a aplicação de uma lei sobre o uso dos equipamentos nas praias, como ocorre agora em Guarujá, no litoral paulista, e em muitas outras praias.
Projeto de lei 1y5v2v
Um projeto de lei que trata da proibição do uso de caixas de som na praia tramita na Câmara de Vereadores de Florianópolis. Ele foi proposto pela vereadora Maryanne Mattos (PL) que tenta, novamente, aprová-lo.
“O projeto ainda está em tramitação. Já ou pelas comissões e está pronto para ir ao plenário para votação”, relata, ao dizer que a votação deve ocorrer a partir de fevereiro, quando a Câmara volta do recesso.
Em 2021, um projeto similar foi apresentado por ela, mas foi arquivado em novembro de2022, depois que o plenário aprovou parecer da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça),entendendo a inconstitucionalidade da proposta.