Desde o início das obras de alargamento da faixa de areia da praia Central de Balneário Camboriú até agora, a Univali (Universidade do Vale do Itajaí) já registrou quase 30 tubarões que foram vistos na praia Central.
Neste fim de semana, outra “espécie” do animal foi vista na Dubai brasileira, mas esse ou longe de assustar alguém. A brincadeira não ou de uma ação do Oceanic Aquarium, que usou um “parente” distante dos tubarões para chamar a atenção dos visitantes neste sábado (13).
O aquário de Balneário Camboriú conta com um casal de tubarão, o Shark e Sharkira, da espécie Mangona. Cada um tem mais de 2 metros de comprimento e vivem no Recinto Oceânico desde dezembro de 2020 e claro, o Fred, o fantoche.
Tubarão do Oceanic Aquarium chama a atenção de visitantes – Vídeo: Oceanic Aquarium/Reprodução
Tubarões em Balneário Camboriú n332t
O alargamento da praia Central de Balneário Camboriú tem revelado os animais marinhos que vivem no Litoral Norte de Santa Catarina. Em um mês, foram avistados por três vezes tubarões na praia Central, onde ocorrem as obras de engordamento da faixa de areia.
O mais surpreendente foi com um surfista que se assustou ao se deparar com um tubarão pequeno na praia. Pita contou sobre o encontro assustador nas redes sociais e a experiência teve repercussão nacional.

Em 16 de setembro um tubarão da espécie martelo foi filmado perto do molhe da Barra Sul por um vendedor de churros. Outro vídeo, mostra o que seria um tubarão azul encalhado na praia e um banhista o puxa de volta para o mar, neste último, não há nada que realmente prove que o local em questão é Balneário Camboriú.
O mistério e mitos que rondam os tubarões é antigo e alimenta o imaginário das pessoas sobre a natureza destes animais. Mas fato é que nem todos os tubarões são sanguinários e atacam deliberadamente quem encontram pela frente.

Federico Argemi, biólogo do Oceanic Aquarium e que por muitos anos trabalhou no Zoológio e Aquário Temaiken, na Argentina, além de ser membro da ALPZA (Associação Latino-Americana de Parques, Zoológicos e Aquários), explica o mito no imaginário social que esses animais repercutem na sociedade.
“Não podemos esquecer que durante os anos 70 os tubarões eram um ícone de ataque às pessoas com o filme Tubarão (JAWS), isso nos deixa com um sentimento de medo para um grupo de espécies sobre as quais sabemos pouco, os tubarões-brancos. Muito longe da realidade”, explica Argemi.
Há riscos de ataques de tubarões em Balneário Camboriú? 2o6i63
Jules Soto, curador do museu de oceanografia da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) afirma que um ataque de tubarões no Litoral catarinense, especificamente Balneário Camboriú, seria algo “muitíssimo improvável”.
As espécies que vivem no Litoral Norte se alimentam de animais menores em sua maioria mortos. “Seres marinhos como crustáceos, moluscos e pequenos peixes se tornam presas fáceis para peixes maiores e, estes peixes maiores atraem outros ainda maiores que é o caso dos tubarões. Portanto, apesar do incentivo causado pela dragagem da areia, o processo de cadeia alimentar é natural”, explica André Neto, biólogo marinho e responsável técnico do Oceanic Aquarium, com mais de 20 anos de experiência.