A famosa Torre de Pisa ganhará uma réplica no Sul de Santa Catarina. Em busca de atrair turistas e de resgatar a história de berço da colonização italiana do distrito de Azambuja, a obra está sendo projetada pela Prefeitura de Pedras Grandes.
“O distrito de Azambuja foi sede da colonização italiana da região Sul de Santa Catarina. Em 1877, os primeiros imigrante italianos chegaram aqui. Foram 293 pessoas na primeira embarcação. Isso fruto de um entendimento entre o governo imperial brasileiro e a Itália para colonizar essa região aqui”, explica o prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi.
Com uma altura de 50 metros, a famosa torre italiana na verdade é um campanário localizado na cidade de Pisa. A construção iniciou em 1173, sendo a terceira estrutura mais antiga da Catedral de Pisa. A torre ficou famosa por ter ‘entortado’ após a construção. Devido ao solo e a fundação mau feita, a estrutura começou a inclinar e hoje é um grande ponto turístico na Itália.
Já na cidade catarinense, a ideia é que ela seja construída de metal, além disso, toda uma estrutura cenográfica será montada. Uma das possibilidades é a utilização de contêineres para a obra. Ela terá 28 metros de altura e 7,5 metros de diâmetro.
“Será construída possivelmente em uma escala de 2/1. Está sendo projetada ainda. Réplica será construída de material metálico e uma cenografia será aplicada por um ex cenógrafo do Betto Carreiro World, o escultor Gilmar”, conta o prefeito.
Um investimento de cerca de R$1,5 milhões é projetado pela Prefeitura para a construção da réplica. A ideia é justamente chamar a atenção e atrair turistas para a cidade de cerca de quatro mil habitantes. Os recursos para a obra virão de emendas parlamentares.
“Temos uma parceria já estabelecida com a Deputada Federal Geovânia de Sá, que alocou uma emenda de R$800 mil. Agora vamos finalizar e encaminhar o projeto concluído”, afirma. “Será uma replica mais fiel possível, com uma inclinação de 5 graus que é o que tem hoje lá. Será um monumento todo cenográfica”, completa o prefeito.
Museu virtual da imigração 624z22
Além da Torre, a ideia é a criação de um Museu Virtual da Imigração que possibilite aos filhos dos imigrantes buscarem documentos sobre a família vinda da Itália. Para isso, diversos documentos serão digitalizadas em Pedras Grandes que, também, buscará documentos em cidades italianas através de parcerias de cooperação, o chamado gemellaggio.
“Vai ser o primeiro Museu Virtual da Colonização Italiana. Vamos criar aplicativos para armazenamento de toda a documentação que vamos digitalizar aqui e que teremos o lá na Itália. Nessa parceria, o gemellaggio. Teremos um base do museu em Azambuja”, comenta o prefeito.
A ideia é que se possa pesquisar e descobrir os documentos familiares. “Tu vai e coloca teu sobrenome digamos, ali teria uma série de documentos relacionados a tua família digitalmente. Isso irá facilitar, também, a vida de quem procura um direito nosso que é a cidadania italiana”, destaca Agnaldo.
Cemitério será revitalizado 5cc4q
O primeiro cemitério da região, em Azambuja, que remete à colonização italiana do Sul de SC será revitalizado. “Vamos revitalizar o primeiro cemitério da colonização italiana porque hoje está em ruínas”, ressalta.
Ideias que buscam valorizar a origem de Azambuja, e a importância para a colonização italiana no Sul de SC. “Esse conjunto tem como objetivo provocar a curiosidade para as pessoas visitarem mais e consumirem mais em Pedras Grandes. Isso, também, em parceria com a agricultura familiar”, analisa o prefeito.
Projetos que se tornaram possíveis após a da Prefeitura com o governo do Estado para a pavimentação da Rodovia da Imigração Italiana que irá ligar Azambuja com a SC-390 e com o centro de Pedras Grandes.
“Moisés entendeu o pedido que fizemos quanto a Rodovia da Imigração Italiana que liga a SC-390 e a rodovia serra-mar. São R$15 milhões para investir em pavimentação asfáltica do primeiro trecho que vai de Azambuja até o centro de Pedras Grandes”, destaca o prefeito.