Com belezas naturais e ondas de sobra, as praias do Leste da Ilha são algumas das mais populares em Florianópolis. Levantamento do Núcleo de Dados do Grupo ND feito no dia 3 de janeiro em três praias da região – Barra da Lagoa, Joaquina e praia Mole – mostra que um dia pode custar, em média, R$ 425 por pessoa. O valor é R$ 47 maior que a média do gasto nas praias do Norte, mostrado na reportagem da semana ada como parte do projeto Fiscaliza Verão.

Foram considerados os valores do estacionamento, aluguel de cadeira e guarda-sol nas três praias. Além disso, também se somaram os valores dos seguintes alimentos e bebidas em quiosques, restaurantes e vendedores ambulantes: água, água de coco, caipirinha de cachaça e limão, cerveja lata, refrigerante lata, copo de suco natural, porção de fritas, porção pequena de iscas de peixe, pastel de queijo, milho cozido, sanduíche natural e choripan.
O aumento de 15% em relação ao ano anterior – quando a média de custos com os mesmos itens era R$ 370 – foi puxado, principalmente, pelo valor do aluguel de itens e estacionamento. Na praia da Joaquina, o valor da cadeira se manteve em R$ 30, mas o do guarda-sol duplicou, chegando a R$ 50, e o estacionamento teve uma alta de 71%. Na Barra da Lagoa, a média do estacionamento saiu de R$ 25 para R$ 60 em apenas um ano, um salto de 140%.
A veranista Helena Silva, 43, natural de Curitiba (PR), se mudou recentemente com a família para Florianópolis. A nova moradora do Carianos explica que escolheu visitar a Joaquina porque ouviu que os valores no Norte da Ilha estavam mais caros, mas se surpreendeu com os preços que encontrou. “Aconselho ao pessoal que venham com alimentos de casa e que tentem parar longe da praia, não vale a pena pagar R$ 70 de aluguel no estacionamento. Se soubesse teria vindo de ônibus”, disse a paranaense.

Bebidas ficam mais baratas em Florianópolis 24362
Indo na contramão do aumento nos preços, as bebidas alcoólicas tiveram uma queda nos preços em relação ao ano anterior. Na Barra da Lagoa e na Joaquina, houve uma diminuição de cerca de 30% na cerveja lata, que custa R$ 8 nos ambulantes e quiosques. A exceção está nos restaurantes da Barra da Lagoa, onde a mesma bebida sai por R$ 16, e na praia Mole, que manteve o preço de R$ 12.
A caipirinha de cachaça e limão ficou 35% mais econômica na Barra da Lagoa e 22% na Joaquina, sendo encontrada por R$ 25 na maioria dos estabelecimentos. O valor que destoa, desta vez, é o dos restaurantes da praia Mole, onde o drink custa R$ 40. Já as bebidas não alcoólicas mostram um preço estável, com uma média de R$ 6 na garrafa d’água, R$ 15 na água de coco e R$ 7 na lata de refrigerante.

Economia de R$ 45 entre as praias 195i60
A Barra da Lagoa se mostrou a praia mais econômica, com um custo médio de R$ 402,95 por pessoa, excluindo o sanduíche natural, que não é comercializado no local. Por outro lado, a mais cara foi a praia Mole, que custa R$ 447,34.
O principal motivo para essa diferença são os preços das comidas e bebidas, já que o valor do estacionamento e aluguel de itens de praia no local é igual ou até mais barato que nas outras duas orlas. A Joaquina ficou no meio termo, com gasto médio de R$ 425 por pessoa.
Iscas de peixe variam R$ 152% na mesma praia x344o
Há também uma diferença considerável de preço entre os itens de restaurantes e os vendidos por ambulantes e quiosques. Na Joaquina, uma porção pequena de iscas de peixe com fritas custa R$ 38 no quiosque e R$ 96 nos restaurantes – uma diferença de 152%. Curiosamente, acontece o inverso com a porção de fritas, que sai por R$ 45 no quiosque e R$ 35,50 no restaurante. E na praia Mole, o pastel de queijo custa R$ 16 nos quiosques e R$ 26 nos restaurantes.
Enquanto isso, na Barra da Lagoa, não há uma disparidade tão grande entre os estabelecimentos. Os alimentos tiveram um aumento geral de 30%, com porções de fritas e iscas de peixe por volta dos R$ 56 e R$ 80, respectivamente.