O Procon de Santa Catarina abriu na última segunda-feira (11) dois processos istrativos contra as empresas CCR e Arteris, concessionárias dos trechos da BR-101 que am pelo estado. A ação foi motivada pelas longas filas em pedágios denunciadas ao órgão durante a temporada de verão.

Em fevereiro, o Procon recebeu mais de 58 denúncias pelas longas filas. Dentre elas, 31 foram da Arteris e 22 da CCR. Os trechos da rodovia BR-101 com maior espera foram nas cidades de Tubarão, Laguna, Porto Belo, Jaguaruna e São Cristóvão, principalmente no sentido sul – norte.
Além disso, o pedágio em Paulo Lopes, no sentido norte, registrou filas superiores a 3 km. No pedágio de Palhoça, também no sentido norte, a fila chegou a 9 km, com tempo de espera estimado em 30 minutos para a agem.
Um condutor relatou ao Procon que houve uma queda de energia no pedágio de Garuva. Na ocasião, a Arteris manteve a operação com apenas uma cabine em funcionamento, pois o gerador disponível só fornecia energia suficiente a esta unidade. Com isso, se formou uma fila que ava de 6 km e mais de 30 minutos.
Outro ponto de congestionamento denunciado teria ocorrido entre Itapema e Tijucas, com mais de uma hora de fila devido à falta de liberação das cancelas dos pedágios.

Conforme previsto em contrato, as filas em pedágios são estabelecidas por distância máxima. Caso as filas em pedágios extrapolem os limites estabelecidos em contrato, as concessionárias são obrigadas a abrir as cancelas.
Nos trechos istrados pela CCR, a fila prevista é de 200 metros em dias normais e 400 metros em vésperas de feriados e nas datas comemorativas. Já nos locais istrados pela Arteris, a fila prevista é de 300 metros.
O que o Procon exige nos processos istrativos por conta de filas em pedágios 514p16
No final de janeiro, as duas concessionárias foram notificadas pelo Procon para prestarem informações. Segundo o órgão, a CCR não respondeu no prazo estipulado. Os processos istrativos, porém, intimam ambas as concessionárias, que deverão:
- Informar as medidas adotadas frente as denúncias de filas que extrapolam o contrato com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres);
- Encaminhar cópia do Contrato de Concessão;
- Detalhar a metodologia utilizada ao cumprimento do contrato relacionado ao tempo de espera em pedágios;
- Informar quantas vezes e quando as cancelas foram abertas para cumprir o contrato.
Os processos istrativos têm caráter de investigação preliminar e, dependendo do andamento, podem ser transformados em multas às empresas.

A ANTT também foi notificada no processo. A agência, por sua vez, deverá esclarecer:
- Metodologia usada para aferir o cumprimento dos contratos com as concessionárias em Santa Catarina;
- Parâmetros e métricas para medir as filas e o tempo de espera;
- Quantidade de ocorrências registradas, bem como datas e horários, sobre o descumprimento em relação às filas em pedágios;
- Quantas vezes e quanto a ANTT determinou a abertura das cancelas.
O que dizem as concessionárias 2f703m
Arteris 2u1p1c
Em nota, a Arteris informou que opera conforme as determinações do contrato de concessão da BR-101 e que os critérios para liberação de cancelas em situações de fila são “rigorosamente seguidos pela concessionária”.
Além disso, a empresa afirma que o parâmetro contratual se aplica nas filas “dentro da área de influência da praça de pedágio, e não à formação de filas à frente da praça, que podem ocorrer devido a fatores externos, como volume de tráfego elevado em períodos sazonais, acidentes, interdições ou outras condições da rodovia”.
CCR ViaCosteira 552rb
Já a A CCR ViaCosteira afirma que “as filas nas praças de pedágio geralmente decorrem do excesso de fluxo na rodovia e as equipes locais atuam prontamente para restabelecer o nível de serviço”. Segundo a empresa, essa foi a justificativa apresentada ao Procon.
Ainda, a concessionária incentiva que motoristas utilizem outras formas de pagamento na agem pelas praças de pedágio, “como o pagamento automático através da utilização de TAGs, sem a necessidade de parar nas cabines manuais”.