Letalidade no trânsito de SC cresce 11,6% em quatro anos – Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação/NDO mês de maio é marcado pela conscientização para redução de sinistros e letalidade no trânsito e, por isso, o período é denominado Maio Amarelo. Neste sentido, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina faz um alerta sobre o índice alarmante de mortes nas estradas catarinenses.
Os dados da pasta revelam uma tendência acidental entre os motociclistas, considerado o grupo mais vulnerável no trânsito. Em dois anos, o número de mortes desse público cresceu 23,6%, o maior aumento segundo o levantamento estadual.
Os dados são do Sistemas de Informação da Secretaria de Estado da Saúde, tabulados entre 2020 e 2024. Apesar de haver um avanço nas respostas hospitalares e uma diminuição nas internações no início deste ano, os números consolidados ao longo dos últimos cinco anos evidenciam que o trânsito catarinense está mais letal.
Gráfico sobre a letalidade no trânsito de SC mostra que os motociclistas são os mais afetados – Foto: SECOM/NDPorcentagem dos óbitos aumentou ao longo de cinco anos 2j2rf
O levantamento mostra que as internações hospitalares por acidentes de trânsito cresceram 31,6% no mesmo intervalo, ando de 6.532 casos, em 2020, para 8.594 em 2024.
Nesse período, os óbitos aumentaram 11,6%, saltando de 1.356 para 1.513. No ano ado, apenas os motociclistas representaram mais de 35% dessas mortes, totalizando 534.
Letalidade no trânsito de SC; internações hospitalares por acidentes de trânsito cresceram 31,6% – Foto: Anna Bizon/ND“O aumento da gravidade dos sinistros indica a necessidade de fortalecer a prevenção, desde ações de fiscalização e educação até a resposta pré-hospitalar qualificada”, afirma Adriana Elias, chefe de Divisão de Vigilância do Tabagismo e da Violência no Trânsito da SES/SC.
Perfil das vítimas 4k133o
A análise do perfil das vítimas de acidentes com motocicletas reforça esteriótipos atrelados aos veículos. Entre 2020 e 2024, 88% das mortes envolveram homens, principalmente na faixa etária de 18 a 35 anos, justamente o público com maior exposição em deslocamentos diários, seja a trabalho ou lazer.
Embora as internações referente as ocorrências com motociclistas tenham caído 1,8%, o número de mortes subiu 23,6%. Essa diferença evidencia a gravidade dos acidentes, uma vez que muitas vítimas sequer chegam com vida aos hospitais.
A letalidade no trânsito aumentou significadamente em quatro anos – Foto: SECOM/NDEntre todos os fatores associados à letalidade no trânsito, em maioria, estão:
- Excesso de velocidade;
- Imprudência;
- Baixa proteção física do condutor.
Principais rodovias de risco 5s493u
As regiões da Grande Florianópolis, Nordeste e Médio Vale do Itajaí concentram, historicamente, taxas de mortalidade superiores à média estadual.
A capital lidera o ranking de acidentes em áreas urbanas, com mais de 20 mil ocorrências em 2024. Já nas rodovias federais, as BR-101, BR-470 e BR-282 figuram entre as rotas com maior concentração de sinistros fatais, especialmente aqueles envolvendo motos.
No ano de 2024, os custos com internações hospitalares associado aos acidentes com motociclistas ultraam R$ 10,9 milhões, com média de R$ 2,1 mil por caso.
A Grande Florianópolis lidera números referentes a letalidade no trânsito de SC – Foto: SECOM/NDMaio amarelo 3z6w37
O Maio Amarelo é uma campanha internacional realizada todo início de maio, que visa conscientizar a segurança no trânsito, reduzindo número de acidentes e mortes nas estradas e alertando sobre a importância de atitudes responsáveis e seguras ao volante.
“O Maio Amarelo é mais do que uma campanha, é uma chamada para a consciência coletiva. Reduzir a velocidade, usar equipamentos de segurança e respeitar as leis de trânsito são atitudes que salvam vidas”, destaca a chefe Adriana Elias.
