A cidade está travada! A falta de mobilidade afeta a vida do cidadão 5gx2o

(Conteúdo publicado no especial ‘Desafios Florianópolis: ideias e contribuições para uma cidade melhor’, elaborado por Marcello Corrêa Petrelli como forma de colaboração para o desenvolvimento sustentável, ordenado e estratégico da cidade)

A falta de mobilidade em Florianópolis está comprometendo o desenvolvimento econômico e deteriorando a qualidade de vida dos habitantes.

A Capital precisa ter gestão de trânsito. Somos a única capital do Brasil sem uma Guarda de Trânsito. Precisamos de profissionais que orientem o fluxo e que possam agir quando a cidade trava.

Moradores e turistas enfrentam esta terrível situação no cotidiano. Não tem dia nem hora para os engarrafamentos. Hoje perdemos muito tempo em filas. É o caos para quem mora, por exemplo, no Norte da Ilha.

Florianópolis está travada! – Foto: Aleksandr Popov/Unsplash/Reprodução/NDFlorianópolis está travada! – Foto: Aleksandr Popov/Unsplash/Reprodução/ND

Há excesso de lombadas e faixas de pedestres em locais perigosos, faltam sinais de fluxo de pedestre para que todos atravessem juntos, em vez de cada um no seu tempo.

As regiões no entorno da UFSC e da Lagoa da Conceição são exemplos de lugares onde há ‘arranca e para’, causados por falta de planejamento.

Precisamos de gestão, cuidado e presença do Poder Público.

Florianópolis tem a agem de ônibus mais cara do Brasil entre as capitais, mas a qualidade do serviço não acompanha o valor.

No último ano, mais de R$ 118 milhões foram reados às empresas como subsídios. Entretanto, faltam investimentos no transporte urbano. Com calor histórico, apenas 17% da frota possui ar-condicionado.

O Plamus (Plano de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis) não saiu do papel. Faltam opções de transporte aquaviário, e a Capital carece até hoje de um BRT (Bus Rapid Transit).

Florianópolis tem 91,5 quilômetros de rodovias estaduais dentro da área urbana. São gargalos que precisam ser eliminados.

As SCs deveriam ser municipalizadas e transformadas em avenidas, com estrutura como eios, iluminação, ciclovias e segurança para os pedestres. Com a municipalização, os proprietários que terão as áreas valorizadas devem pagar um IPTU diferenciado. Afinal, comerciantes e donos de áreas ao longo das novas avenidas serão os grandes beneficiados.

É preciso investir urgentemente em inteligência e engenharia de trânsito, além de estudar a praticidade dos modelos atuais, que tornam difícil o deslocamento de todos, do pedestre ao motorista.

É necessário que haja um estudo para analisar o excesso de faixas de pedestre e lombadas. É preciso educar a população e também que haja ação política, com planejamento, grandes decisões e obras. Algumas ações não demandam investimentos, mas sim iniciativas e criatividade. É preciso coragem para mudar.

Espremida entre a serra e o mar, Florianópolis tem limitações geográficas por ser uma ilha. A expansão imobiliária desenfreada compromete o futuro da Capital caso não seja criteriosamente planejada e orientada. É preciso avaliar a capacidade que Florianópolis tem de crescer, quais espaços podem ser ocupados e a capacidade de absorver esta expansão.

O Poder Público precisa estabelecer diretrizes que viabilizem este crescimento a médio e longo prazo. Além disso, prever o impacto deste crescimento imobiliário acelerado de forma a não gerar um colapso da infraestrutura urbana e dos serviços públicos que irão impactar a qualidade de vida dos moradores.

Sugestões de propostas 5s2257

  • Municipalizar as SCs: o custo pode ser bancado pelo IPTU diferenciado dos terrenos (testada), que serão valorizados.
  • Elaborar amplo estudo para reduzir o número de lombadas na cidade.Aumentar o número de sinais de fluxo de pedestres.
  • Criar uma guarda de agentes de trânsito.
  • Viabilizar o BRT em Florianópolis.
  • Investir em tecnologia, inteligência e engenharia de trânsito.
  • Dotar a cidade de um sistema integrado de transporte público eficiente.
  • Integrar os modais de transporte existentes.
  • Implementar transporte náutico ligando Ilha-Continente e municípios vizinhos.
  • Planejar criteriosamente uma avaliação do que Florianópolis pode absorver em relação à ocupação do espaço urbano sem comprometer a qualidade de vida dos moradores, devido ao crescimento imobiliário desenfreado.
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