A seleção brasileira de tênis tem um grande desafio nos dias 3 e 4 de fevereiro, contra a China, pela Copa Davis. O páreo é duro, mas os brasileiros terão quadra e torcida a seu favor: a disputa será em Florianópolis, no Costão do Santinho. É a nona vez que Santa Catarina sedia o evento – a última foi em 2019, em Criciúma.

Já a Capital não recebe a competição há oito anos. A expectativa é de que 4.000 pessoas assistam aos jogos nos dois dias, e 80% dos ingressos já foram comercializados. Além do bom público, o evento gera empregos diretos e indiretos e deve trazer cerca de R$ 800 mil em arrecadação.
A Copa Davis é a maior competição por equipes do mundo, com 156 países na disputa. Enquanto o Brasil enfrentará a China, pelos playoffs do Grupo Mundial I, a segunda divisão da Copa Davis, outros confrontos ocorrem ao redor do mundo, em quase 80 países.
É a primeira vez que o Brasil enfrentará a equipe chinesa. Inicialmente, os chineses fariam o evento, mas por conta das restrições de combate à Covid-19, cederam o mando para o Brasil.
Se vencer a China, o Time Brasil BRB permanecerá no Grupo Mundial I, podendo disputar, em setembro do ano que vem, uma vaga para os qualifiers de 2024. No primeiro dia, serão dois jogos de simples, a partir das 12h. No segundo dia, um jogo de duplas e duas partidas de simples, a partir das 10h30.

Thiago Monteiro, Felipe Meligeni, Matheus Pucinelli, Gustavo Heide e Rafael Matos representam o Brasil, que tem como capitão (técnico) Jaime Oncins. Conforme o presidente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), Rafael Westrupp, embora não seja tão conhecido, o time da China é muito bom.
“Eles têm dois entre os 100 melhores do mundo, e uma predominância de jogar no piso duro (quadra rápida). Aqui, fizemos na quadra de saibro, para facilitar a qualidade técnica dos nossos jogadores, e temos o fator casa, que traz mais chances para o Brasil”, diz.Turismo de negócios
Mais que um torneio esportivo, a Copa Davis é considerada um evento para o turismo de negócios. Conforme Rafael Westrupp, o evento custa R$ 1,2 milhão para a entidade, mas gera 150 empregos diretos e cerca de 400 indiretos.
O presidente da CBT também projeta que serão arrecadados R$ 300 mil em ISS (Imposto Sobre Serviços) para o município e R$ 400 mil a R$ 500 mil em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para o Estado.

A Copa Davis também beneficia a rede hoteleira. “Temos contratadas 477 diárias em hotel só no Costão, fora as adjacências. E, pelo controle de ingressos, temos a certeza de que teremos pelo menos uma pessoa de cada Estado do Brasil aqui. Ficamos muito felizes, porque é o tipo de evento que gera oportunidade e visibilidade para Florianópolis e para Santa Catarina”, afirma.
Estrutura no Costão 524a3y
Segundo Rafael Westrupp, os preparativos estão bastante avançados, dentro do cronograma. As duas seleções chegam no próximo domingo (29), para começar a climatização e os treinamentos. “É alta temporada em Florianópolis, mas temos um time extremamente qualificado na execução de grandes projetos como esse”, diz.
Como o Costão tem uma quadra pronta e um estádio permanente para quase 1.000 pessoas, a CBT vai instalar um estádio temporário para mais 1.000. Agora, a confederação trabalha nos ajustes finais para deixar tudo pronto e receber a disputa.

A Confederação Chinesa reservou 25 ingressos para ceder a diretores de empresas com sede no Brasil. Já entre os brasileiros na torcida, incentivando o quinteto da amarelinha, deve estar o tricampeão de Roland Garros, Gustavo Kuerten, o Guga.
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- O quê: Brasil x China, playoffs da Copa Davis
- Quando: Sexta-feira (3), às 12h; e sábado (4), às 10h30
- Onde: Costão do Santinho, em Florianópolis
- Quanto: Ingressos válidos para os dois dias no 3º lote, a partir de R$ 338,10 (no site, com expectativa de mudança para o último e quarto lote hoje).