Duas presenças ilustres marcaram o segundo dia do Encontro Nacional de Tênis, realizado pela CBT (Confederação Brasileira de Tênis), na sede da entidade em Florianópolis. A terça-feira (5) serviu para dois dos maiores nomes da modalidade no país de todos os tempos – Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni – em reencontro 16 anos depois no palco da histórica Copa de Davis de 2001, disputada nas então quadras de saibro da FCT (Federação Catarinense de Tênis), que hoje divide o espaço físico com a CBT.
Na ocasião, o Brasil, que, além de Guga e Fininho, contava com Jaime Oncins e Alexandre Simoni, perdeu por 3 a 1 para a Austrália de Lleyton Hewitt, que seria número 1 do mundo, e Patrick Rafter, que já havia ocupado o mesmo posto em 1999.
Guga e Meligeni bateram um papo descontraído com os tenistas juvenis e atletas da transição e com os técnicos que estão participando do Encontro Nacional e aram um pouco de suas experiências no circuito profissional. Aos 46 anos, Fininho, inclusive, entrou em quadra e trocou bola com os tenistas da nova geração em dois períodos, de manhã e à tarde, nas quadras rápidas da CBT.
“É muito legal, estive de manhã com a molecada de 16, 18 anos e transição. Todo mundo muito afim de escutar nossas histórias, nossas opiniões, os técnicos também. Acho importante agruparmos todo mundo e falarmos o mesmo idioma, a presença do Guga aqui comigo, nós dois eando pelas quadras e conversando com a molecada, realmente estou muito feliz em poder dar essa contribuição”, afirmou Fininho.

Treinamento inédito
Esta é a primeira vez que é organizado um encontro nacional do tênis brasileiro. O evento reúne os três melhores juvenis do país nas categorias de 12 a 18 anos – que tiveram disponibilidade – tenistas ranqueados na ITF e atletas na transição durante cinco dias de imersão e treinamento com os principais técnicos do país na sede da CBT. Durante a semana, a nova geração do tênis terá a oportunidade de conversar e bater bola com grandes nomes do profissional, como Marcelo Melo, Bruno Soares, Rogério Dutra Silva, Thiago Monteiro, Marcelo Demoliner, Bia Maia, Gabriela Cé e Luisa Stefani, além de Guga e Meligeni.
“Lá atrás a gente já fazia um pouco isso, quando fazíamos intercâmbio regionais e estaduais, mas isso se dissipou um pouco ao longo do caminho. As atividades se isolaram e aumentou muito a distância entre jogadores e treinadores. Por isso é importante um evento como esse. Tentamos ar para os atletas a importância desse espaço sagrado, da quadra, do amor ao esporte, mas nós somos efêmeros. Quem vai fazer a diferença no dia a dia é o treinador, por isso estamos focando neles para consolidar um conhecimento e depois beneficiar os jogadores”, completou Guga.