Uma nova geração de internet móvel surge para suprir as carências da geração anterior.
Foi assim que a sociedade evoluiu desde as conexões oferecidas pela 1ª geração de internet móvel, ainda na década de 1980, que permitia chamadas de voz, até chegarmos ao 5G, que promete expandir a rede de conexão móvel para o máximo de dispositivos possíveis: carros, eletrodomésticos, telemedicina, agricultura, educação e demais áreas da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things), como indústria 4.0, oferecendo muito mais doque velocidade de rede.
Os laboratórios de universidades, centros de pesquisadas principais empresas de tecnologia e entusiastas do setor de TI projetam um mundo onde tudo o que está ao redor das pessoas trocará informações por uma conexão de alta velocidade.

O mundo se prepara para a implementação da telefonia móvel de quinta geração – Foto: FOTO DIVULGAÇÃO/CANVA PRO/ND
“Eu costumo dizer que o 5G é o que faltava. A principal revolução será sua capacidade de conectar tudo o que nós não imaginávamos há alguns anos. Depois dos seres humanos ficarem super conectados, agora é a vez do vestuário, do carro, das residências e até de fazendas ou de animais silvestres”, afirma Rubem Toledo Bergamo, doutor em Engenharia Elétrica do Instituto Federal de Santa Catarina, unidade de São José.
Segundo Bergamo, a tecnologia 5G tem dois grandes requisitos: a possibilidade de poder conectar milhões de dispositivos numa mesma antena da forma mais rápida possível e permite a coleta e a transmissão de um volume de informação muito superior à conexão atual.
Enquanto a internet 4G oferece uma velocidade de 100 Mb/s, o5G promete pelo menos 1Gb/s, ou seja, velocidade 10 vezes mais rápida. Essa conexão é suficiente para fazer o de filmes e séries em 4K, a maior definição disponível no mercado hoje, em apenas alguns segundos.
A velocidade é um ponto de destaque, mas o que vai mudara vida de todos nos próximos anos é um tempo de resposta muito curto. A promessa é que o intervalo entre um comando e ação de qualquer dispositivo vai ser algo muito próximo da vida fora da internet.
O tempo de latência, o nome dado a esse atraso, é de 30 milissegundos hoje e devem cair para menos de 5 milissegundos.
Infraestrutura para o 5G 2m5k5g
A implementação dessa inovação, porém, não é simples: para conseguir a baixíssima latência da internet 5G será necessário instalar até dez vezes mais antenas receptoras e transmissoras de sinais, além da disponibilização de dispositivos compatíveis no mercado.
As grandes antenas de telefonia espalhadas pelas ruas e no alto de morros e prédios podem deixar de ser tão necessárias para a telecomunicação. Os equipamentos devem ficar pequenos o suficiente para serem instalados em qualquer lugar, mas isso não significa que a cobertura será melhor.
A tecnologia 5G usa frequências mais altas do que a 4G e, por isso, usam antenas mais compactas, mas com o alcance menor, que não chega a 250 metros. No 5G serão milhares de microantenas espalhadas nas ruas, casas e prédios para cobrir cada região.
Pelo edital previsto no leilão do5G, as operadoras têm até 2029 para levar a tecnologia aos 295 municípios catarinenses. Desde novembro de 2021, o Grupo de Trabalho do 5G da Vertical Smart Cities da Associação Catarinense de Tecnologia- ACATE, trabalha para desmistificar o 5G no âmbito dos governos municipais e esclarecer sobre o importante papel dos municípios em facilitar a chegada da nova rede.
Conforme o edital, aquelas cidades que tiverem suas leis atualizadas poderão ter a implantação antecipada pelas operadoras.
“Até a próxima década vão surgir coisas e aplicações que não existem hoje. O ecossistema do 5G demandará tanto do desenvolvimento de soluções como também de profissionais capacitados para a área de tecnologia. Nosso foco é ajudar empresas a identificar oportunidades, desenvolver soluções que façam uso pleno do 5G, aumentar o portfólio de ofertas e facilitar a entrada em mercados dentro e fora do Brasil com soluções inovadoras, incrementando assim seu potencial de receita e crescimento”, explica Fernando Gomes de Oliveira, coordenador do grupo.
Até 2025, a área de tecnologia deve gerar 670 mil novas vagas de emprego no país. Em Santa Catarina, a projeção é abrir mais de16 mil novos empregos até 2023.E isso é só o começo de uma década que marca a entrada definitiva da sociedade na era digital.
