O vereador de Florianópolis Maikon Costa (PL) afirmou nesta terça-feira (25) que a Polícia Federal foi até a casa de seu pai, Valter Lima Costa, para que ele preste esclarecimentos sobre o vídeo em que aparece armado e citando o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na publicação, Valter Lima “manda um recadinho” para Lula: “tenho dez hectares de terra, não está produtiva. Gostaria muito que tu viesse invadir, como tu falaste que ia invadir a casa dos nossos deputados estaduais e federais. Tá aqui para você [mostra a arma]. Venha para cá, nós estamos te esperando”.
Vereador Maikon Costa (PL) fala sobre abordagem da PF contra seu pai – Vídeo: Reprodução/ND
O vereador disse que não classifica a ação como uma ameaça, mas como uma opinião.
“Fico impressionado como a Polícia Federal está gastando energia com alguém que emite a sua opinião, ainda que tinha utilizado uma arma de fogo, mencionou apenas que a sua casa fosse invadida, ele tomará as devidas providências. Eu não entendo isso como ameaça, mas a Polícia Federal deveria correr atrás mesmo dos bandidos e corruptos que têm nessa cidade, nesse Estado e nesse país”, diz Maikon.
Valter Lima Costa finaliza o vídeo afirmando: “Lula, tu já estás acabado, cara, deu pra ti, só tô te esperando aqui, ó.” Em seguida, ele aponta a arma e atira.
Em relação à abertura da investigação, o vereador menciona que “quem pediu para abrir o inquérito contra o meu pai foi o delegado chefe da segurança do ex-presidiário, do ex-condenado (sic)”, se referindo ao candidato Lula.

A reportagem do ND+ procurou a assessoria da Polícia Federal, que reiterou não divulgar nomes ou endereços de investigados ou possíveis investigados.
O vereador Maikon Costa enviou uma nota se manifestando sobre caso.
Leia na íntegra: 544v1l
SAUDADES!
Aprendi uma coisa quando servi o exercito brasileiro, ordens absurdas não se cumprem. Vejo estampado na cara dos agentes da PF que duas vezes vieram à Câmara, um certo constrangimento em cumprir ordens de algum delegado que equivocadamente move um inquérito no meu entendimento equivocado, que busca um pingo de legalidade num malabarismo político, só pode.
Registro que na tarde de terça-feira(26) dois agentes da PF pediram minha ajuda para intermediar um depoimento do meu pai, respondi que eu posso responder por mim e não por ele, e que eles devem procura-lo, porém me coloquei a disposição para conversar com o seu procurador, dando resposta até quinta-feira(27). Porém, hoje(26) me surpreendo com retorno deles, de maneira ostensiva ao meu gabinete, com uma intimação fora dos prazos legais, quase uma “condução coercitiva” dado ao prazo fugaz, mostrando novamente que o delegado do caso atropela os processos legais, no afã de dar alguma resposta política, só pode (minha opinião).
Repito, meu pai é quem deve responder pelos seus atos, se é que tem algum ato para ele responder neste caso, e o que eu sinto neste momento é um misto de indignação e saudade, indignação pelo abuso de autoridade de instituições que se deixam usar pela política e saudades de uma Polícia Federal que prendia os corruptos da Lava Jata, Ave de Rapina e Moeda Verde, eita saudade!
Maikon Costa