Juiz é afastado e tem R$ 30 milhões bloqueados por esquema de propina em sentenças no STJ 6p1p4b

Esquema de lavagem de dinheiro envolvia o pagamento milionário de propinas para obter decisões judiciais favoráveis; investigação começou após morte de advogado no Mato Grosso 224z37

Juiz é afastado e tem R$ 30 milhões bloqueados pela PF em investigação de esquema de venda de sentenças no STJ Juiz é afastado e tem R$ 30 milhões bloqueados pela PF em investigação de esquema de venda de sentenças no STJ – Foto: Divulgação/ND

O juiz Ivan Lúcio Amarante, da 2ª Vara da Comarca de Vila Rica, no Mato Grosso, foi afastado do cargo e teve R$ 30 milhões bloqueados nesta quinta-feira (29). Ele é alvo de uma ação da Polícia Federal, que investiga um esquema de venda de sentenças no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A investigação faz parte da Operação Sisamnes, que mira um esquema de corrupção judiciária e lavagem de dinheiro. Na quarta-feira (28), em outra investida da PF, integrantes de um grupo que cobrava para espionar e planejava matar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) foram presos.

Conforme a Polícia Federal, foi identificado um esquema de lavagem de dinheiro montado para dissimular pagamentos milionários de “propinas”. Os valores eram pagos em troca de decisões judiciais favoráveis no Tribunal de Justiça do Mato Grosso e no STJ.

Além do bloqueio de bens e do afastamento, o juiz Amarante teve o aporte recolhido e está impedido de sair do país. Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.

A reportagem do ND Mais entrou em contato com o TJMT (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso), buscando um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Venda de sentenças no STJ: investigação começou com morte de advogado 1s2i36

As investigações começaram após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, que ocorreu em 2023. No celular da vítima foram encontrados registros de negociações envolvendo a venda de sentenças judiciais. A análise das mensagens e arquivos encontrados no celular deu origem à operação da PF.

Advogado Roberto Zampieri (à esquerda), morto em Cuiabá, e Aníbal Manoel Laurindo, apontado como mandante do crime, à direita Advogado Roberto Zampieri (à esquerda), morto em Cuiabá, e Aníbal Manoel Laurindo, apontado como mandante do crime, à direita – Foto: Divulgação/ND

Zampieri foi morto em Cuiabá em decorrência de uma disputa por terras no estado. O principal suspeito de ser o mandante do crime, o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, teria desconfiado de uma possível aproximação entre o advogado e o desembargador responsável pelo caso.

O advogado representava a parte contrária ao fazendeiro na disputa judicial pelas terras. Segundo os investigadores, a família dos acusados estava em posse do terreno, no município de Paranatinga, há mais de 20 anos.

Conforme a polícia, o produtor rural decidiu executar o advogado quando percebeu que perderia a causa. Outras três pessoas foram indiciadas pelo crime, o executor, o intermediário e o financiador.

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