Sete prefeitos de Santa Catarina já foram presos desde a primeira fase da operação Mensageiro, deflagrada em dezembro de 2022. A investigação apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e iva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo.

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- Antônio Ceron (PSD), de Lages, no Presídio de Itajaí;
- Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul;
- Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava, no Presídio Santa Augusta, em Criciúma;
- Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
- Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva, no Presídio Regional de Caçador;
- Marlon Neuber (PL), de Itapoá, no Presídio de Itapema;
- Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo, no Presídio da Agronômica, em Florianópolis.
A prisão mais recente ocorreu nesta terça-feira (14), em Tubarão, no Sul catarinense. O prefeito Joares Ponticelli (PP) e o vice Caio Tokarski (União Brasil) foram presos preventivamente. Os dois devem ar por audiência de custódia, nesta tarde, em Florianópolis.
“A operação corre em segredo de Justiça por determinação legal e nem o prefeito o vice-prefeito foram informados oficialmente sobre o motivo pelo qual foram conduzidos”, disse, em nota, a Prefeitura de Tubarão. A reportagem não localizou a defesa do prefeito.
Além de Ponticelli, outros dois prefeitos do Sul catarinense já foram presos no curso das investigações: Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava, e Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo.
Deyvison Souza foi preso, no dia 6 de dezembro, durante viagem oficial a Brasília, ainda na primeira fase da operação Mensageiro. Já Vicente foi preso no início do mês, na segunda fase. Ambos seguem em presídios do Estado.
Ao ND+, a defesa Deyvison, feita pelo advogado Pierre Vanderlinde, informou que não pode dar detalhes sobre o caso, porque o processo é sigiloso.
O advogado de Vicente, Neto Fontenelle, também relatou que processos seguem todos em segredo de justiça e, por isso, não poderia informar detalhes sobre o andamento.
“Destacamos apenas a inocência e a lisura dos agentes públicos de Capivari que são investigados, de modo que todos os equívocos de percepção, fática ou jurídica, estão sendo apontadas no processo, de forma oportuna e na medida em que o rito processual segue”, explicou.
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Ainda na lista de prefeitos presos, está o de Lages, Antônio Ceron (PSD). Detido no dia 2 deste mês, ele chegou a ser alvo de uma denúncia na Câmara de Vereadores que pedia o seu afastamento, mas foi rejeita pela maioria. A reportagem não localizou a defesa de Ceron.
Prisões na 1ª fase da operação u2i2i
Três prefeitos presos em dezembro: Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva, Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul, e Marlon Neuber (PL), de Itapoá, também seguem em presídios de Santa Catarina.
À reportagem, a defesa de Saliba, feita pelo advogado Manolo Del Olmo, informou que vai ingressar com um pedido de revogação de prisão preventiva do prefeito.
O ND+ não localizou a defesa de Marlon Neuber e tentou contato com o advogado de Rodrigues, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto.
‘Escândalo do lixo’ 6k2n55
A investigação, que está em curso há pouco mais de um ano pelo Ministério Público nas apurações de crimes funcionais de prefeitos, ficou conhecida em Santa Catarina como o “escândalo do lixo”.
Ao todo, já foram cumpridos 121 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão – todos seguem presos preventivamente. A apuração ainda corre em segredo de justiça.