No meio do desespero, vale de tudo para evitar o esquecimento. Pelo menos é isso que famílias de palestinos na Faixa de Gaza estão fazendo.
Eles adotaram o uso de pulseiras com nomes para identificar parentes e evitar que, em caso de bombardeios, os familiares sejam enterrados em valas comuns.

Os bombardeios na região já causaram a morte de mais de 6.500 pessoas desde o início da contraofensiva israelense. As informações são do portal R7.
‘Desespero’ 12f44
Com tantos cadáveres, os palestinos em Gaza estão enterrando os mortos não identificados em valas comuns, com um número em vez de um nome, segundo os moradores.
Agora, algumas famílias apelaram ao uso de pulseiras de identificação, na esperança de encontrar entes queridos caso eles sejam mortos.
Um homem contou que decidiu dividir sua família para evitar que todos morressem em um único ataque.
A esposa manteve dois filhos e duas filhas na cidade de Gaza, no norte, enquanto ele se mudou para Khan Younis, no sul, com três filhos.
Ele também comprou pulseiras de cordão azul para os membros da família e amarrou-as em ambos os pulsos.
“Se algo acontecer”, disse ele, “dessa forma eu os reconhecerei”.
Outras famílias palestinas também estavam comprando ou fazendo pulseiras para os filhos ou escrevendo o nome deles nos braços.
Enterros em massa em Gaza 2a2b64
Os enterros em massa foram autorizados por clérigos muçulmanos locais.
Antes do sepultamento, os médicos guardam fotos e amostras de sangue dos mortos e lhes dão números.
756 palestinos, incluindo 344 crianças, foram mortos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde de Gaza, istrado pelo grupo terrorista Hamas.

O órgão acrescentou que pelo menos 6.546 palestinos foram mortos pelos bombardeios israelenses desde 7 de outubro, entre eles 2.704 crianças.