Mais de um ano depois de iniciada, a Operação Et Pater Filium continua desencadeando ações, prisões e apreensões em Santa Catarina. Nesta quarta-feira (1º), o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) deflagrou a sexta fase da operação.

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em cinco cidades catarinenses. Nesta fase, os alvos são investigados por supostas fraudes à licitação, peculato, desvio e lavagem de dinheiro. Todos os crimes estariam ligados a contratos de prestação de serviços de ônibus escolar para Major Vieira.
Além da cidade do Planalto Norte, os mandados foram cumpridos em Papanduva, Monte Castelo, Santa Cecília e Itajaí.
As investigações apontam que as empresas contratadas para realizar o transporte de alunos não forneciam os motoristas, o combustível e nem executavam as manutenções nos veículos, custos esses previstos no contrato e que, no fim, eram arcados pelo município de Major Vieira, propiciando os desvios de valores.
Nas buscas foram apreendidos documentos e objetos que serão periciados e analisados antes de serem apresentados em juízo. Além disso, a denúncia contra os investigados deve ser apresentada pelos promotores nos próximos dias.
A ação desta quarta-feira é um desdobramento da operação que iniciou ainda em julho de 2020 e que apura crimes contra a istração pública no Planalto Norte e que envolvem, ainda, agentes públicos e particulares.
A operação foi teve participação de membros do MPSC, policiais do GAECO e agentes do IGP (Instituto Geral de Perícias).
No dia 19 de agosto, Orildo Antônio Servegnini, ex-prefeito de Major Vieira e também ex-presidente da Fecam, seu filho Marcus Vinicius Brasil Servegnini e os empresários, Décio Pacheco e Décio Pacheco Júnior, foram condenados a mais de 50 anos de prisão por crimes de organização criminosa, corrupção, fraudes à licitação e lavagem de dinheiro.