“Não achei que faria algo assim”, afirmou Ambar, namorada de Fernando Andrés Sabag Montiel, brasileiro que tentou matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite desta quinta-feira (1º).

Em entrevista para a emissora Telefe, a mulher também contou que ela e Fernando namoram há apenas um mês e que não sabia que o companheiro tentaria cometer o homicídio.
“Fiquei espantada. Não pensei que ele conseguiria fazer algo assim. Eu tinha amigos e nenhum deles me chamou a atenção [sobre atitudes do Fernando]”, diz Amber à Telefe.
A mulher também contou que nunca viu as munições que foram encontradas pela polícia no apartamento do namorado.
Sobre as tatuagens nazistas e as publicações de extrema-direita feitas por Fernando nas redes sociais, a mulher afirmou em entrevista que não significa que ela ou os outros amigos do então namorado compartilhassem do mesmo pensamento que ele. “As tatuagens são tatuagens e o fato de serem nazistas não significa que somos nazistas”, disse.
Agora, a mulher que trabalha como ambulante e outros amigos do acusado afirma que estão sendo ameaçados após o atentado contra Cristina Kirchner.
“Era de se esperar” l5e5p
Ao contrário da namorada, um amigo de infância de Fernando afirmou que “esse ataque era esperado porque ele não tinha mais nada a perder”. O homem, que conhece o acusado desde 2004 e ainda se encontrava com ele, conta que o brasileiro sofria bullying e mentia constantemente, inventando histórias para se sentir reconhecido.
“Se estivéssemos na escola, ele seria o gordinho. Éramos crianças e tínhamos que descontar em alguém, e ele era esse alguém”. O amigo também conta que Fernando ameaçava que iria comprar uma arma para se vingar, mas que por conta da sua compulsão por mentira, ninguém acreditava.
Sobre o ataque contra o vice-presidente, o amigo de Fernando diz que está chocado. “Não consigo acreditar. Me deixa muito triste, mas quando você é adulto você decide e tem que assumir”, afirmou.
*Com informações do portal UOL.