O médico que foi preso em flagrante por importunação sexual no Hospital Governador Celso Ramos, na última sexta-feira (2), em Florianópolis, é investigado por outros dois casos de assédio. Todos os episódios aconteceram neste ano, na Capital.

Segundo a delegada de Polícia Civil da Grande Florianópolis, Michele Alves, os outros delitos investigados são relacionados à mesma natureza: importunação sexual contra pacientes jovens. Como os processos seguem em segredo de Justiça, detalhes não foram reados.
Ainda conforme a delegada, a paciente buscou atendimento na última por conta de dor no estômago, mas estranhou que o médico pediu para tirar a roupa e a tocou em partes que não eram relacionadas ao problema relatado por ela. Após o ato, ela comunicou a situação e a polícia foi acionada.
Preso em flagrante 1qb27
O médico foi levado à Central de Plantão Policial e preso em flagrante, por conta dos fatos relatados. Segundo o delegado Rodolfo Cabral, da Central de Plantão Policial da Capital, a prisão foi na sexta-feira, mas ele foi solto após o pagamento de fiança, no sábado (4).
Ele foi autuado pelo artigo 215-A, do código penal. “Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”, diz o artigo.
A pena em caso de condenação é de reclusão de 1 a 5 anos, caso não se constitua crime mais grave.
A assessoria da Secretaria de Estado da Saúde informou que o médico não faz parte do quadro médico efetivo do hospital. “Ele é residente do Programa de Urgência/Emergência do município [Florianópolis] que possui convênio com o Estado”, diz em nota.
Já a prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde, informa que tomou ciência do fato ocorrido e que prontamente a Comissão de Residência Médica instaurou processo istrativo, tendo sido nomeada uma Comissão de Apuração que investigará a possível irregularidade. O profissional ficará afastado de todas suas atividades até que o fim da apuração dos fatos.