A morte do indígena Luan Ribeiro, de 12 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil. O corpo do menino foi encontrado por um morador na manhã de sábado (20), com sinais de violência, às margens de uma estrada que dá o à Terra Indígena Xapecó, em Ipuaçu, no Oeste catarinense. Ele foi sepultado na aldeia no domingo (21).

O inquérito policial sobre a morte foi instaurado na segunda-feira (22). O delegado de polícia Gustavo Altemar, que trabalha no caso, afirma que ainda é cedo para apontar uma linha de investigação sobre a morte, bem como ter conclusões mais precisas, pois não há testemunhas do crime.
O delegado aguarda a chegada dos laudos feitos pelo IGP (Instituto Geral de Perícias) de Chapecó, que ficam prontos em 15 dias. Ele acrescenta que ainda não há suspeito do crime, mas não descarta que seja da própria aldeia.
A família do garoto ainda não foi ouvida. Segundo o delegado, os familiares devem começar a prestar depoimento ainda nesta semana.
“A partir desta quarta-feira devemos começar ouvir eles”, disse Gustavo. Lideranças da aldeia também vão ser ouvidas.
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O delegado disse que não foi possível confirmar, no momento da ocorrência, o que provocou a morte do garoto. Ele estava com muito sangue na região do pescoço e a principal suspeita é de que o menino tenha sido assassinado com vidro.
O chefe da Terra Indígena Xapecó, Irineo Antônio Cassol acredita que o menino tenha sido morto em um lugar a cerca de 1 km de onde o corpo foi encontrado. Ele destaca que lideranças da comunidade estão auxiliando na investigação e ouvindo moradores da aldeia.
“Pessoal está investigando, mas eles têm suspeita de duas caminhonetes que iam e saiam toda noite, depois da meia-noite”, e acrescentou que já há suspeitos.
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A Terra Indígena Xapecó fica localizada em Ipuaçu, a cerca de 66 km de Chapecó, capital do Oeste de Santa Catarina. A comunidade tem cerca de 6 mil moradores e 15 mil hectares, que vão até município de Entre Rios.
