A PF (Polícia Federal) cumpre 104 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva contra produtores e consumidores dos cinco maiores sites de pornografia infantil da dark web, na manhã desta sexta-feira (3). A operação ocorre em Santa Catarina e em outros 19 Estados, além do Distrito Federal.

O grupo criminoso utilizava a dark web — local que mantém atividades ilegais de forma anônima na internet — para a difusão de material de abuso sexual infantil no Brasil e em diversas partes do mundo.
Segundo a PF, é uma ação de grande relevância no combate a esse tipo de atividade criminosa, em razão do volume de material produzido e da periculosidade dos alvos.
Os Estados onde a operação está sendo deflagrada são: Alagoas, Amazonas, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piuaí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal.
A operação Lobos II é a segunda fase de uma investigação que iniciou em 2016. Na época, a PF fez parcerias com forças policiais de diversos países para identificar bandidos que difundiam material de abuso infantil.
Os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas, como es, moderadores, provedores de e de hospedagem, produtores de material e disseminadores de imagens.
Como era realizado o esquema 4y5e72
A união internacional entre as forças policiais permitiu identificar um brasileiro que utilizava a Deep Web para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede.
Os sítios e fóruns da dark web eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.
Os sites eram usados por mais de 1,8 milhão de usuários em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes.
A Polícia Federal, capitaneando no Brasil a união internacional, conseguiu identificar e prender o principal responsável pelos sites voltados para o abuso sexual de crianças e adolescentes na primeira fase da operação Lobos.
Na época o esforço investigativo não foi divulgado para viabilizar prisões de produtores e consumidores dos sites, além de resgatar de crianças vítimas em todo o mundo.
A Polícia Federal ressalta que o objetivo da operação Lobos II, para além da identificação e prisão de abusadores sexuais e de consumidores desse tipo de material, visa à localização e ao resgate de crianças que se encontram em situação de extrema violência.
Os crimes investigados são a venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável, sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.