Durante esta semana a Polícia Federal realizou buscas em duas casas onde os proprietários podem estar armazenando e compartilhando pornografia infantojuvenil no Sul de Santa Catarina. Foram apreendidos aparelhos eletrônicos nos dois locais em Araranguá e Imbituba.
O cumprimento dos mandados de busca e apreensão fazem parte de duas operações distintas da PF. Nesta sexta-feira (17), a Delegacia da Polícia Federal de Criciúma deflagrou uma nova fase na Operação P2J (Pedo to Jail).
Na operação foi cumprido um mandado de busca e apreensão expedido pela 1.ª Vara Federal de Criciúma em um imóvel de um homem de 21 anos localizado na cidade de Araranguá. Ele estaria utilizando a rede social para compartilhamento dos arquivos com outros usuários, inclusive de outras nacionalidades.

No local foram apreendidos câmeras, aparelhos eletrônicos
celulares e mídias de armazenamento.
“Todo o material apreendido será submetido a perícia, com foco na comprovação dos crimes investigados, identificação de possíveis abusadores sexuais e suas vítimas, bem como na busca de informações que possam indicar o envolvimento do suspeito com os crimes de produção de pornografia infantil e estupro de vulnerável”, informou a PF.
As investigações foram iniciadas a partir de relatório apresentado pelo NCMEC (National Center for Missing and Exploited Children). O relatório apontava para o suspeito como responsável por armazenar e disseminar através de uma rede social pornografia com conteúdo alusivo a abuso.
Nas outras fases da Operação P2J um homem de 48 anos foi preso em Cocal do Sul e materiais eletrônicos foram apreendidos na casa de um suspeito em Tubarão.
Apreensão, também, é realizada em Imbituba 4j2p2r
Já nesta quarta-feira (15) cinco policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão, expedido pela 1ª Vara Federal de Criciúma, na casa de um homem de 46 anos em Imbituba, no Sul de SC. A Operação Hope foi deflagrada após dois meses de investigação.
Os trabalhos iniciaram a a partir de informações recebidas do FBI (Federal Bureau of Investigation) por meio da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília (DF).

O FBI constatou a disseminação de vídeos com conteúdo pornográfico infantojuvenil na internet. Os vídeos eram de meninas
com idades de aproximadamente 13 a 15 anos. Eles eram compartilhados através de aplicativo de mensagens utilizados pelo suspeito.
“Os materiais recolhidos arão por perícia para a comprovação da
materialidade e de eventuais outros delitos contra a dignidade sexual,
com subsequente identificação de mais envolvidos”, explicou a PF, em nota.
Crime prevê pena de três a seis anos de prisão k1h1p
O crime de compartilhamento de arquivos de pornografia infantil, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, é punido com pena de prisão de três a seis anos.
Já o crime de posse de arquivos de pornografia infantil é punido com pena de reclusão de um a quatro anos.
Essas operações da PF buscam auxiliar forças tarefas internacionais na luta pela erradicação de materiais contendo cenas de Abuso e Exploração Sexual Infantil na Internet.
Elas contam com apoio da NURCOP (Núcleo de Repressão
aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet) que faz parte da
Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal em Brasília (DF).