Novas provas indicam que Deise Moura dos Anjos, presa por matar três familiares com um bolo envenenado em dezembro de 2024, pode ser uma serial killer. Além dela também ser suspeita de matar o sogro meses antes, a polícia encontrou indícios de arsênio na urina do marido e do filho de Deise, indicando uma possível tentativa de duplo homicídio.

Os exames foram realizados pelo IGP (Instituto-Geral de Perícias), em um laboratório do Ministério da Agricultura, informou o colunista Humberto Trezzi, da GZH.
Desta forma, além de responder por quatro homicídios, incluindo o do sogro, a mulher deve ser acusada por tentar matar outras cinco pessoas, entre elas o marido e o próprio filho.
Em uma das mensagens encontradas pela polícia no celular de Deise, a mulher pede para que cuidem do filho dela e que rezem por ela caso morra: “pois é bem provável que eu não vá para o paraíso”, escreveu.

Para ser considerado um serial killer, a pessoa precisa ter matado pelo menos três pessoas, em locais diferentes e ter deixado um intervalo entre os assassinatos.
O caso do bolo envenenado 31n3m
Uma dívida de R$ 600 e desentendimento devido a um casamento podem ter motivado Deise Moura dos Anjos a planejar a morte dos familiares com um bolo envenenado. As investigações da polícia mostram que a suspeita agia de forma premeditada e baseada em motivos fúteis.
O caso ocorreu em Torres, litoral do Rio Grande do Sul, no dia 23 de dezembro de 2024. Ao todo, seis pessoas comeram o bolo envenenado: Zeli (sogra de Deise), Neuza Denize Silva dos Anjos (irmã de Zeli), Tatiana Denize (filha de Neuza), Maida Berenice (irmã de Zeli), o marido de Neuza e o filho de Tatiana, de apenas 10 anos.

Neuza, Maida e Tatiana morreram. Zeli ficou vários dia internada em estado grave, mas recebeu alta na sexta-feira (10). O marido de Neuza e o filho de Tatiana tiveram infecções mais leves e foram liberados um dia depois do envenenamento.
O caso levantou suspeita para a morte do marido de Zeli, Paulo dos Anjos, que ocorreu em setembro de 2024. Na ocasião, os dois aram mal após comer um lanche que havia sido presente da suspeita.
Inicialmente, sua morte foi atribuída a uma intoxicação alimentar. No entanto, após o bolo envenenado, o corpo foi exumado no Cemitério São Vicente, em Canoas (RS), e o IGP identificou a presença de arsênio no cadáver.