O MPF (Ministério Público Federal) realizou novas denúncias contra suspeitos pelos ataques que terminaram em destruição nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. As novas denúncias são contra mais de 152 pessoas envolvidas nos ataques e foram feitas em três dias, entre 31 de janeiro e 2 de fevereiro. Com isso, já são 653 suspeitos contra diversos crimes.

O balanço foi divulgado pelo MPF neste sábado (4), um dia depois de a Polícia Federal deflagrar a 4º fase da Operação Lesa Pátria, que teve como um dos alvos um policial legislativo do Senado e um empresário de Goiás, que teria participado dos ataques.
Segundo o portal R7, esse novo grupo denunciado foi detido no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Eles seguem presos preventivamente no sistema prisional do Distrito Federal, após terem ado por audiência de custódia.
O MPF pede que esses 152 envolvidos nos atos respondam por associação criminosa e por incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais. Além disso, pede que os crimes sejam considerados de forma autônoma e, com isso, as penas sejam somadas.
Ao apresentar a denúncia, o MPF narra os acontecimentos realizados pelo grupo até a formação do acampamento no QG do Exército de Brasília. Segundo os procuradores, o local apresentava “evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos manifestantes.
As denúncias são assinadas pelo subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos. Além da condenação pelos crimes apontados, Carlos Frederico pede que os envolvidos sejam condenados ao pagamento de indenização mínima, “ao menos em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.