Tragédia no Réveillon: ativista LGBT morre afogada na Beira-Mar de Florianópolis 1z2j1h

Drica D’arc Meirelles era estudante de Serviço Social na UFSC e diretora da ADEH, associação em Defesa dos Direitos Humanos com enfoque na população LGBT. n47d

O novo ano inicia com uma notícia devastadora para a comunidade LGBT+. Drica D’arc Meirelles, 35 anos, uma proeminente ativista e parte da cena cultural de Florianópolis, perdeu tragicamente a vida por afogamento na Beira-Mar Norte durante as celebrações de Ano-Novo.

Foto de Drica D’arc Meirelles sorrindo. Drica era ativista LGBT e morreu afogada do Réveillon de FlorianópolisDrica D’arc Meirelles foi encontrada morta na avenida Beira-Mar Norte – Foto: Divulgação/Floripa.LGBT

O incidente ocorreu na madrugada do dia 1º de janeiro. O Corpo de Bombeiros Militar recebeu um chamado às 3h28, informando que uma mulher havia entrado no mar próximo ao trapiche da Beira-Mar Norte. Após nadar alguns metros, ela começou a se debater e submergiu.

Equipes de busca e salvamento trabalharam incansavelmente até encontrarem o corpo de Drica nas proximidades do trapiche, por volta das 9h. O Instituto Médico Legal (IML) assumiu a investigação da causa da morte.

Quem era Drica D’arc Meirelles 35s1

Nascida em Parintins, Amazonas, Drica, mudou-se para Florianópolis em 2017 em busca de oportunidades melhores para estudo, trabalho e uma vida mais plena.

Segundo sua tia, Celma Meirelles, a decisão foi motivada pela busca de um ambiente mais progressista e menos preconceituoso em comparação com o Norte do Brasil, onde nasceu.

Drica era estudante de Serviço Social na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e rapidamente começou a se destacar na cena cultural e política, especialmente na luta pelos direitos humanos e inclusão da população LGBT+.

Ela se tornou diretora da ADEH (Associação em Defesa dos Direitos Humanos com enfoque na população TLGB), uma voz poderosa e respeitada na comunidade.

Drica contribuiu significativamente para vários projetos, como o Festival TransForma e o Festival AnimaVerso. Além disso, era conhecida por suas palestras sobre o combate ao preconceito e pela inclusão de pessoas trans.

Foto de Suzaninha e Drica no Transforma, festival LGBTDrica D’arc Meirelles e Suzaninha no Festival Transforma – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Homenagens a ativista LGBT+ 586e5p

A notícia de sua morte desencadeou uma onda de homenagens. A DJ Lirous Kyo expressou profundo pesar em seu Instagram, destacando a importância de Drica como ativista e futura assistente social.

“Eu não perdi apenas uma amiga, Santa Catarina perdeu uma grande ativista e uma alma que se doava a qualquer pessoa para resolver os problemas dos outros primeiro, para depois pensar nos seus”, escreveu Lirous.

Alexandre Bogas, diretor executivo da Acontece – Arte e Política LGBTI+, relembrou Drica como uma parceira incansável e uma militante excepcional, ressaltando sua relevância e impacto.

“A Drica sempre foi uma parceira de primeira linha, uma militante como nunca, uma pessoa travesti que veio do norte do país e com todas as dificuldades, venceu aqui. É uma grande perda para nós.”

A tia de Drica, Celma Meirelles, expressou o quanto a perda impactou a família: “Ela era muito importante para nossa família. Ela deixou a mãe, as tias e 5 as irmãs que a amavam. Todo mundo está desolado”. Apesar da dor, a família se sente reconfortada pelo apoio dos amigos de Drica, que estão organizando homenagens e um velório.

O velório de Drica, que estava marcado para acontecer nesta terça-feira (2), foi alterado para quarta-feira (3) às 8h da manhã, com sepultamento às 14h no Cemitério São Cristóvão de Coqueiros, Av. Gov. Ivo Silveira, 1771.

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