O autor da tentativa de assassinato contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro de 34 anos que vive no país vizinho desde 1993.

Ele tem tatuado no cotovelo esquerdo o símbolo nazista chamado de “Sol Negro”. O desenho é formado por dois círculos, um menor dentro de um maior, e 12 raios que parte do centro. Alguns grupos neonazistas incluem no centro uma suástica, marca mais conhecida do regime de Adolf Hitler, entre 1933 e 1945.
Conforme a Liga anti-ódio, o “Sol Negro” tem origem em povos nórdicos antigos e celtas. Assim, é preciso ter cautela para avaliar se o símbolo está sendo usado como associação ao movimento neonazista.
Informações sobre motivação da tentativa de assassinato ainda não vieram à tona. Kirchner apenas escapou porque no momento do disparo a arma falhou.
As autoridades ainda não revelaram o motivo da arma não ter disparado. Em entrevista ao Estadão, o advogado Ivan Marques, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e ex-integrante Instituto Sou da Paz levantou três hipóteses de por que a arma não disparou.
O motivo da arma não ter disparado ainda não foi revelado pelas autoridades argentinas, mas ao menos três hipóteses podem explicar o mau funcionamento da pistola, de acordo com o advogado Ivan Marques, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e ex-integrante Instituto Sou da Paz.
As hipóteses vão desde falha na munição – provocada por mal armazenamento ou esgotamento do prazo de validade – até falta de habilidade no manuseio.
“A munição podia estar com uma pólvora velha, com um disparador ineficiente. Com uma munição velha, o componente explosivo perde sua validade. A arma até aciona o disparador da munição, mas ela não explode. Ou seja, a pólvora não queima”, explicou o advogado ao Estadão.
“Para que a primeira munição entre na câmara e fique alinhada e pronta pra receber o comando dado pelo gatilho, você precisa engatilhar. Talvez ele não conheça o funcionamento da pistola e não tenha feito isso. Ou seja, a arma estava carregada mas não estava municiada. a munições permaneceram no carregador”, complemetou Marques.
O acusado tentou fugir após apertar o gatilho, mas foi contido pelos apoiadores da vice-presidente e preso pela polícia.
A Justiça argentina afira que o caso é “tentativa de homicídio qualificado” e considerou que o réu está em condições de depor.