De advogado a assessor: PF investiga militares em caso de joias de Bolsonaro e611o

Operação mira suspeitos de terem vendido joias e presentes recebidos pelo ex-presidente durante o mandato; pai de Mauro Cid é um dos investigados 4l3eq

A PF (Polícia Federal) cumpriu nesta sexta-feira (11) quatro mandados de busca e apreensão contra militares suspeitos de envolvimento no caso das joias recebidas de governos estrangeiros pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O general Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, é um dos alvos da operação. A PF também investiga outras três pessoas.

Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid (na foto acima com Bolsonaro), é um dos alvos da operação da PF – Foto: Alan Santos/PR/Divulgação/NDMauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid (na foto acima com Bolsonaro), é um dos alvos da operação da PF – Foto: Alan Santos/PR/Divulgação/ND

A operação visa combater crimes de peculato e lavagem de dinheiro no caso da venda das joias recebidas de governos estrangeiros pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília (DF), um em São Paulo (SP) e um em Niterói (RJ). As informações são do R7.

Além do general Mauro César Cid, o tenente do Exército Osmar Crivelatti e o ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, também seriam alvos da operação, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ninguém foi preso.

O caso das joias v4w27

Os investigados são suspeitos de vender joias oficiais recebidas pelo ex-presidente Bolsonaro durante o mandato (2018-2022). Os presentes, que incluem também esculturas em ouro, foram apreendidos pela Receita Federal em outubro de 2021, no aeroporto de Guarulhos (SP), com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Joias são avaliadas em R$ 16,5 milhões e foram presentes entregues ao Governo Federal e à União – Foto: Reprodução/NDJoias são avaliadas em R$ 16,5 milhões e foram presentes entregues ao Governo Federal e à União – Foto: Reprodução/ND

A Polícia Federal justificou que os investigados teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.

Ainda segundo a PF, as quantias obtidas com as vendas “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.

Os valores obtidos com a venda das joias e presentes não foram informados.

Pai de Mauro Cid aparece em reflexo de foto da venda 11y3

Um dos alvos da operação desta sexta, o general do Exército Mauro Lourena Cid é pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

De acordo com informações do portal Terra, a PF teria identificado o rosto do general em uma das fotos das joias, utilizada para negociar a venda nos Estados Unidos.

PF teria identificado o rosto do general em foto da caixa de joias, utilizada para negociar a venda nos Estados Unidos – Foto: PF/Divulgação/NDPF teria identificado o rosto do general em foto da caixa de joias, utilizada para negociar a venda nos Estados Unidos – Foto: PF/Divulgação/ND

De acordo com a investigação, depois de transportar as esculturas para os Estados Unidos no avião presidencial que levou Bolsonaro ao país pouco antes do término do mandato em 2022, Mauro Cid pediu ao pai, Mauro Lourena, que visitasse lojas de joias para realizar a venda.

O general  foi da mesma turma do ex-presidente Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), na década de 1970.

Movimentações financeiras j276r

Outro ponto da investigação é com relação a um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que informa que o pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, movimentou cerca de R$ 2,5 milhões em transações atípicas para o exterior durante 15 meses.

Outros investigados 3p5k4f

Ainda segundo a PF, Frederick Wassef, que já foi advogado da família Bolsonaro, estaria envolvido na compra de um relógio vendido por Cid.

Para a investigação, Wassef foi aos Estados Unidos recomprar um “Rolex” vendido pelo grupo, para então entregar o artigo de luxo ao TCU (Tribunal de Contas da União).

Ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou as joias e não as declarou – Foto: Divulgação/NDEx-presidente Jair Bolsonaro ganhou as joias e não as declarou – Foto: Divulgação/ND

Em março, o tribunal entendeu que o relógio e os demais presentes, como joias e esculturas, não pertenciam ao ex-presidente, e sim à União, determinando a entrega dos pertences.

O Rolex e outro relógio de luxo da marca Patek Philippe foram vendidos por US$ 68 mil.

Já o tenente do Exército Osmar Crivelatti, também investigado pela PF, seria um dos visitantes mais frequentes do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que está preso desde maio sob acusações de fraudes em cartões de vacina.

Além disso, ele teria sido o responsável por a liberação do relógio negociado nos EUA, do acervo de presentes onde a joia ficava guardada.

A operação 516b1p

A ação da PF deflagrada nesta sexta foi batizada de “Lucas 12:2”. O versículo da Bíblia afirma que “não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

*Com informações do portal R7 e Terra

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