Uma brasileira, natural de Criciúma, integrou a vida do Hamas por quase duas décadas, uma trajetória que começou em 2005, quando viajou para Gaza para se casar com o filho de um dos fundadores da organização terrorista.
Recentemente, ela enfrentou um divórcio decorrente de violência doméstica, mas optou por permanecer no território palestino, que está constantemente envolvido em conflitos com Israel. O ex-sogro dela, Abd al-Fattah Dukhan, um nome histórico do Hamas, faleceu em circunstâncias não esclarecidas no último dia 11. A informação foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo, que teve a oportunidade de visitar a residência da criciumense Umm Abdo em 2014, quando ela expressou o desejo de manter seu nome em sigilo e recusou ser fotografada, preferindo permanecer coberta por um véu negro.
O então marido, Said, também alertou que não deveriam tentar cumprimentá-la. A trajetória da catarinense Umm Abdo, agora com cerca de 38 ou 39 anos, começou no Rio Grande do Sul, onde foi criada em uma família católica. No entanto, desde os 7 anos, quando leu sobre o conflito árabe-israelense em uma biblioteca escolar, sentiu uma conexão com o Islã e decidiu se converter. Aos 15 anos, mudou-se para Brasília, onde começou a frequentar uma mesquita e, aos 18 anos, se converteu ao Islã. Dois anos depois, ela conheceu Said Dukhan pela internet, embora não esteja claro se sabia, na época, sobre a identidade do seu pretendente e sua ligação com o Hamas.