A Polícia Civil concluiu o inquérito que indiciou os suspeitos pelo desaparecimento de Camila Sérgio Generoso, de 30 anos, e a morte de Deivid Santos de Vargas, de 28, cujo corpo foi encontrado em um rio. Os crimes aconteceram entre fevereiro e março de 2023, em Santa Rosa do Sul e em o de Torres, no Sul do Estado.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Andre Gazzoni Colto, três homens investigados pelas duas mortes já estão presos preventivamente. Os suspeitos são Nairo Branco de Bitencourt, William Gonçalves de Souza e Aleksandro de Souza.

Eles foram indiciados pelos homicídios de Camila e Deivid. Dois deles responderão por dois homicídios duplamente qualificados, ocultação de cadáver, organização criminosa, tráfico de drogas e associação para tráfico de drogas. O terceiro por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Sequestro e tortura 50p71
Como aponta a investigação, na madrugada de 4 de janeiro, Deivid de Vargas e mais três suspeitos sequestraram Camila. Ela foi agarrada e amarrada pelas costas, além de ter um pano colocado na boca.
Após ser levada para outro local, os investigados cortaram os cabelos, a sobrancelha, danificaram as unhas e jogaram gasolina no corpo de Camila. Ainda com a vítima amarrada, os agressores também arremessaram objetos nela.
Segundo a polícia, Camila foi torturada por aproximadamente duas horas e meia. As agressões só foram cessadas quando um homem, com quem mantinha relacionamento e liderava um grupo criminoso, impediu o seu assassinato.
A vítima, após ser liberada, foi até o Quartel da Polícia Militar pedir ajuda. Ela também revelou que na casa onde foi mantida em cárcere privado tinham drogas, pois o local era ponto de venda.
Os suspeitos foram presos em flagrante no local e soltos em audiência de custódia. Um adolescente também participou do crime, contra ele, foi lavrado um procedimento de ato infracional.
Na casa, a polícia também apreendeu sete porções de cocaína, uma de maconha e uma balança de precisão, além de um celular de um dos suspeitos.
‘Vingança’ 2p5h4r
A jovem desapareceu depois de um mês, no dia 19 de fevereiro, quando ela, acompanhada de dois homens, foram até a casa da adolescente, 17 anos, para dar uma espécie de lição.
No local, houve uma briga generalizada, em que Camila e um de seus parceiros conseguiram fugir para um bar. Segundo a investigação, mais tarde, Deivid e outro suspeito foram até o bar atrás da vítima e seu parceiro.
A briga no bar foi interrompida pelo dono e Camila e seu parceiro foram retirados à força de lá e foi a última vez em que a vítima foi vista.
Conforme a Polícia Civil, uma denúncia anônima revelou que Deivid e mais três investigados mataram e ocultaram o corpo de Camila em Balneário Gaivota.
Um dos investigados, Aleksandro, disse que Deivid, Nairo e William supostamente mataram Camila esganada e enterraram seu corpo na praia. Já Deivid revelou à polícia que não participou do assassinato, mas apontou Nairo e William como os culpados.
Segundo o delegado, imagens mostram que, no dia do desaparecimento, Nairo e Deivid foram até Balneário Gaivota em um carro emprestado.
Morte de Deivid 6o6i68
Quase um mês depois, o corpo de Deivid foi encontrado no rio Mampituba, amarrado pelo pescoço com uma bolsa de tijolos, no dia 14 de março. O laudo apontou a causa da morte como asfixia mecânica.
Ainda segundo a polícia, o motivo da morte de Camila ainda é um mistério, já o de Deivid foi como forma de puni-lo por ter supostamente falado com a polícia e ter ajudado na investigação.
A namorada de William revelou à polícia que a bolsa cheia de tijolos amarrada ao pescoço de Deivid pertencia a William.
A reportagem tenta localizar a defesa dos três suspeitos, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Publico.