Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina, havia sido incluído na lista de suspeitos do assassinato da adolescente em Cajamar (SP). No entanto, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10), a Polícia Civil descartou essa hipótese após investigação mais detalhada.
Possibilidade de Carlos Alberto, pai de Vitória Regina, ter participado do assassinato da adolescente foi descartada pela Polícia Civil de SP – Foto: Redes sociais/Reprodução/NDO pai havia sido incluído na lista de suspeitos após os policiais identificarem um “comportamento estranho” de Carlos Alberto Souza. A investigação apurou que, logo após a confirmação da morte da filha desaparecida, o pai da adolescente foi pedir um terreno ao prefeito da cidade de Cajamar.
A defesa de Carlos Alberto, representada pelo advogado Fabio Costa, classificou a suspeita como “absurda” e afirmou que ele não havia sido ouvido formalmente pela polícia, motivo pelo qual não prestou informações detalhadas sobre o dia do desaparecimento.
Relembre o caso Vitória Regina de Sousa, encontrada morta e com cabeça raspada 293m4y
A adolescente Vitória Regina de Sousa desapareceu após deixar o shopping onde trabalhava por volta da meia-noite do dia 27 de fevereiro. Imagens de câmeras mostram a jovem caminhando pela rua até o ponto de ônibus.
Ela mandou mensagens para uma amiga dizendo que tinha medo de estar sendo perseguida. Testemunhas do caso Vitória afirmam que ela foi seguida por um carro com quatro rapazes após descer do ônibus.
Uma semana depois, o corpo foi encontrado nu, degolado e com o cabelo raspado em uma área de mata de difícil o. No sábado, a Polícia Civil também descobriu roupas e fios de cabelo enterrados a cerca de dez metros do local onde a adolescente foi localizada.
O prefeito de Cajamar, Kauãn Berto, decretou três dias de luto oficial em memória de Vitória. “Esta é uma perda irreparável que causa imensa dor à sua família, amigos e a toda a comunidade cajamarense”, disse em nota.
Principal suspeito do assassinato de Vitória Regina teve prisão decretada 36c3q
O suspeito Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, andava de moto quando foi abordado e preso pela Polícia Civil. Ele é dono de um carro Toyota Corolla prata que teria perseguido a adolescente minutos antes dela desaparecer, na madrugada de 27 de fevereiro.
Peritos encontraram no veículo um fio de cabelo que pode pertencer a Vitória Regina. A evidência é comparada com amostras de DNA no IML (Instituto Médico Legal).
Além disso, a polícia constatou contradições no álibi de Maicol. Em depoimento, ele afirmou que estava com a esposa na madrugada do crime. A mulher, no entanto, negou a informação e esclareceu que estava na casa da mãe.
O principal suspeito do assassinato de Vitória Regina teve a prisão temporária decretada pela Justiça por 30 dias. Já a prisão do ex-namorado da jovem, Gustavo Vinícius Moraes, foi negada apesar da Polícia Civil também ter apontado inconsistências no depoimento.
