As investigações da denúncia feita por uma moradora de Itajaí, no Litoral Norte, grávida de seis meses, que afirma ter sido estuprada por um massoterapeuta, continuam.

De acordo com a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCami), o inquérito policial tem prazo de 30 dias para ser concluído. Segundo a delegada responsável pelo caso, se for necessário, será pedida a prorrogação desta data.
O órgão também afirmou que as oitivas, ou seja, a etapa de ouvir as testemunhas e os envolvidos no caso, ainda não foi concluída.
Segundo relato da vítima, o caso ocorreu em 2 de setembro. A mulher de 23 anos, grávida de seis meses, teria procurado uma clínica privada de Itajaí para tratar as dores nas costas, agravadas pela gestão de seis meses.
Ela contratou quatro sessões de massagem com um massoterapeuta. Na segunda sessão, o crime teria acontecido.
Com exclusividade à NDTV, a gestante relatou o ocorrido.
“Ele desceu um pouco a minha calcinha para poder fazer massagem na lombar, que era onde eu sentia muita dor. Só que ele mexeu muito, fazia muita massagem na minha bunda. Eu me senti muito desconfortável, mas como ele é profissional, na minha mente aquilo era normal, então eu deixei”, relata a vítima.
“Ele começou a ar muito creme, muito óleo, fazendo muita massagem. Aí eu senti uma dor. Quando vi, ele tinha tirado o órgão dele pra fora, colocado e tirado. Nisso, ele ejaculou dentro. Assim que ele colocou eu entrei em desespero. Tentei virar para empurrar ele com o braço porque eu estava deitada de lado e de costas para ele. Só que eu estava com o corpo bem mole e não tive tanta força. Ele ainda pegou meu braço e segurou, colocou para o lado. Depois, ele saiu, falou ‘tá liberada’”, conta.
Assustada após o acontecimento, a mulher ligou para o marido. Ele foi até a clínica, mas o suspeito não foi localizado.
A vítima ou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), além de ter registrado boletim de ocorrência na DPCami.
A delegacia que instaurou o inquérito para investigar o caso afirma que, por se tratar de uma mulher grávida, há agravante, que deve ser considerado pelo juiz quando da aplicação da pena.
A vítima também foi até o Hospital Marieta Konder Bornhausen para receber os medicamentos contra possíveis ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), protocolo padrão para casos de estupro.
O acusado, procurado pela reportagem do Grupo ND, afirmou que não vai se pronunciar sobre o caso, e garantiu que já contratou advogados.
“Ele é um monstro, um ser humano não faria isso. Não tem coração. Como é que um homem que tem família faz isso com uma mulher grávida, indefesa?”, questiona a vítima. Nas redes sociais, o massoterapeuta posta fotos com a esposa e os filhos pequenos.
“Só em pensar, eu me controlo muito para não chorar justamente por causa do meu bebê. Preciso estar bem calma pela vida dele. Eu fico pensando, será que tem outras vítimas, que não tiveram coragem de dizer. Será que vão aparecer mais?”, conclui a jovem.