O morador do bairro Córrego Grande, em Florianópolis, que teve a casa invadida e assaltada por dois homens, ainda se recupera dos instantes de pânico vividos por ele na segunda-feira (11). Ele relatou como foi amarrado com um cadarço e ameaçado de morte com uma pistola apontada para sua cabeça durante o assalto a mão armada: “Um deles ficou me ameaçando, engatilhando a arma e apontando pra mim, dizendo que ia me matar”, disse.

Uma câmara de segurança capturou o momento em que o morador é abordado pelos assaltantes. De acordo com o relato da vítima, os bandidos também conseguiram invadir as suas contas e hackear o seu e-mail.
Cronologia do roubo
O homem de 30 anos que não quer se identificar, conta que morava com mais cinco amigos na residência. Ele acredita que os ladrões já estavam de olho no movimento pois perceberam que eles estavam de mudança, uma vez que a proprietária solicitou a desocupação do imóvel.
Quatro dos cinco amigos já haviam retirado seus pertences e todos os móveis já tinham sido transportados para outro local. Só restava os objetos pessoais de uma pessoa, quando ocorreu o assalto às 21h50. O morador conta que estava terminando de organizar a mudança e carregar o carro quando foi abordado pelos dois assaltantes.

Eles o ameaçaram com uma arma e invadiram o imóvel. “Me perguntaram onde estava o resto das coisas”, disse a vítima. Segundo o relato, um dos assaltantes teria pegado um fio de computador, o outro, o cadarço de tênis, e amarrado os pés e braços do morador. O rosto dele teria sido tapado com uma blusa que estava no chão.
“Eu só pensava em ficar vivo. Pensei muito na minha filha, na minha mãe… Eu disse que iria obedecer e fazer o que eles quisessem.” Enquanto isso, os ladrões, que haviam chegado a pé, carregavam os objetos do assalto para o carro do morador. Os ladrões computadores, celular, equipamentos de trabalho e as roupas.
Ao ouvir o barulho dos assaltantes deixando o local, o homem, ainda amarrado, se levantou, abriu a porta da frente com o braço e gritou por socorro. Os vizinhos escutaram o chamado e foram ajudar. A polícia chegou 10 minutos depois.

Prejuízos e investigação 4o2761
A vítima do assalto conta ter acionado a polícia e usado o telefone dos agentes para cancelar sua conta bancária. Em seguida, ele tentou rastrear seu celular, mas os assaltantes agiram rapidamente e conseguiram desabilitar o serviço para não serem seguidos pela polícia. Pouco depois, o homem também constatou que os criminosos haviam alterado todas as suas senhas e modos de recuperação das contas eletrônicas.
No dia seguinte, o homem recebeu a notícia de que um carro do modelo Peugeot 207, com as mesmas características do seu, havia sido encontrado incendiado no bairro Santinho. Ele conta ter adquirido o veículo apenas dois 2 meses antes do assalto e ainda estar pagando as prestações.
Ele enfatizou que tem recebido o apoio significativo de amigos e colegas de trabalho, que fizeram uma vaquinha para ajudá-lo. “Bastante importante neste momento difícil, tanto em questão de saúde emocional, quanto financeira, para me ajudar a comprar o básico, como roupas e, quem sabe, um computador para trabalhar”.
Segundo Michele Alves Correa Rebelo, diretora de Polícia Civil da Grande Florianópolis, ainda é necessário tempo para investigar os delitos mais graves, como ou roubos em residência. Ela explica que quando esse tipo de crime acontece, é importante que a equipe da Polícia Civil de Local de Crime seja acionada e o imóvel seja isolado a fim de realizar uma perícia para buscar vestígios sobre a autoria do crime.