
O caso do bolo envenenado que resultou na morte da jovem Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, ganhou novos desdobramentos. Outra adolescente da mesma idade, Kamilly Vitória Nogueira da Silva, revelou que também foi intoxicada com o mesmo tipo de doce.
A jovem afirma ter recebido um bolo de pote contaminado com arsênico também acompanhado de um bilhete.
O episódio ocorreu duas semanas antes, no dia 15 de maio, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Kamilly chegou a ser hospitalizada e, segundo familiares, quase morreu após ingerir o bolo envenenado.
Apesar da gravidade, a jovem não registrou boletim de ocorrência na época. A tentativa de envenenamento só veio à tona após outra adolescente confessar à polícia a autoria dos dois crimes.
Adolescente enviou bolo envenenado por inveja e deixou bilhete para as vítimas 1n324g
A responsável por preparar e enviar o bolo envenenado itiu aos policiais que o motivo das ações foi “inveja” e “ciúmes”. Disse ainda que a intenção era apenas “dar um susto” nas vítimas.
Contudo, as autoridades tratam os episódios como tentativa de homicídio e homicídio consumado, dado o uso do arsênico presente no alimento — substância altamente letal.
Assim como no caso de Ana Luiza, Kamilly também recebeu um bilhete junto ao bolo, com a mensagem: “Um mimo para a menina mais doce e com personalidade incrível que eu conheço”.
Conforme o boletim de ocorrência, a infratora confessou o envenenamento de ambos os bolos, e o ato quase levou Kamilly à morte.

Detalhes sobre a morte de Ana Luiza após comer bolo envenenado 4y6t53
Ana Luiza ou mal em menos de uma hora após ingerir o bolo envenenado. Levada ao pronto-socorro, foi atendida por uma equipe médica após apresentar quadro grave.
Ela teve uma parada cardiorrespiratória de cerca de 20 minutos, cianose (coloração azulada na pele por falta de oxigênio), hipotermia, ausência de batimentos cardíacos e respiração. Apesar das tentativas de reanimação, ela não resistiu.
A causa da morte foi registrada como intoxicação alimentar. A Polícia Civil de Itapecerica da Serra tratou o caso como morte suspeita e apreendeu o bolo envenenado, a embalagem, um pacote de doces e o bilhete que acompanhava o presente enviado à vítima.
A investigação segue em andamento e pode resultar na internação da adolescente infratora por ato infracional análogo a homicídio. O enterro da jovem ocorreu na manhã desta terça-feira (3), no Cemitério Recanto do Silêncio.