Hello, Leitores! Hoje a matéria é destinada para mulheres, afinal vamos falar de métodos contraceptivos, desta vez sobre o DIU.
Existem seis métodos contraceptivos hormonais: a pílula anticoncepcional que é utilizada via oral, um dos métodos mais conhecidos entre as mulheres; os implantes anticoncepcionais: o DIU hormonal, o DIU de cobre, adesivo anticoncepcional, anel vaginal; e anticoncepcional injetável.

Um dos métodos anticoncepcionais mais comuns entre as mulheres, o DIU ainda levanta vários dilemas. Pensando nisso, falei com a doutora Michelly Motta, ginecologista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professora de Medicina da Universidade Estácio de Sá. Ela nos tirou algumas dúvidas comuns, além de explicar sobre o seu uso e os prós e contras.
Agora, vamos aos pontos principais! 5sh2k
Praticidade: o Dispositivo Intrauterino, popularmente conhecido como DIU, ganha espaço na escolha das mulheres como método contraceptivo, já que oferece uma maior facilidade e praticidade no uso. Elas não precisam lembrar diariamente, tal como é com a pílula anticoncepcional.
Modelos de DIU: atualmente existem vários modelos de DIU, com e sem hormônios. Existem cinco mais utilizados; os sem hormônios são: DIU de cobre, onde a troca geralmente é feita 10 anos após ser colocado, o DIU de cobre com prata, o mini DIU de cobre com prata, que tem validade de 5 anos, sendo que é utilizado geralmente em mulheres que ainda não tiveram filhos e por isso podem ter o tamanho do útero reduzido.
Os modelos com hormônios são o Mirena e o Kyleena, este último é a versão “mini”. Todos os cinco tipos têm diferenças nas suas composições, apesar de promoverem um excelente resultado de contracepção, eles agem de diferentes formas no corpo da mulher.
Efeitos: Se for o de cobre, esse DIU terá ação sobre o espermatozoide e também altera o muco cervical. É um método contraceptivo não hormonal muito seguro. A chance de falha desse método é de 0,5%, semelhante à pílula. Algumas pacientes reclamam do aumento do fluxo menstrual e de cólicas.
No de cobre com prata, a prata estabiliza o cobre causando menor reação inflamatória. Então essa queixa de aumento do fluxo e da cólica é mais rara. No mini DIU de cobre com prata o efeito é o mesmo, só o tamanho que é menor.
O hormonal tem efeito de ação contraceptiva pela atrofia endometrial e mudança do muco cervical, que fica mais espesso o que dificulta a subida do espermatozoide. Geralmente, mulheres que usam esse método param de menstruar com o ar dos meses. É um método altamente seguro e com índice de falha de 0,2%.
Contraindicações: o método é contraindicado para mulheres com malformações uterinas como: útero bicorno, útero septado ou intensa estenose cervical, mioma submucoso, processos inflamatórios pélvicos agudos (endometrite, cervicite mucopurulenta, tuberculose pélvica); mulheres em anticoagulação ou com distúrbios da coagulação não devem usar o DIU de cobre.
Muito bem-vindos: Apesar de ser contraindicado em alguns casos, o DIU é muito eficaz em outros. Mulheres que desejam contracepção reversível e de longo prazo, por exemplo, e também aquelas que estão amamentando, pois não interfere com a produção do leite. O DIU de cobre é o método mais indicado principalmente para as que não podem usar hormônios, como por exemplo, as com histórico de câncer de mama.
Lenda urbana: a história de que mulheres só podem colocar DIU após terem filho cai por terra! Seu uso é atualmente indicado até para as adolescentes, pois é um método que traz menos riscos a longo prazo. No caso das mais jovens é uma opção interessante também pois não depende da lembrança diária e por ser um método contraceptivo que não irá afetar os hormônios, a paciente pode manter seu ciclo menstrual fisiológico. Vale lembrar que mesmo fazendo o uso de DIU deve-se sempre reforçar o uso do preservativo, para evitar DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).
Atenção: em alguns casos o DIU pode estar mal posicionado e sair do lugar. Caso isso ocorra é necessário procurar um médico. O mal posicionamento pode ocorrer em 10% dos casos e por isso é importante a avaliação regular com ultrassonografia transvaginal pelo menos uma vez por ano. Se ele estiver baixo, ele pode ser reposicionado pela histeroscopia, um exame que filma o útero por dentro. Esse aparelho tem uma pinça bem fina, que consegue empurrar o DIU para cima de novo. Outra opção, se o local não tiver esse aparelho, é retirá-lo e colocar um novo. Além disso, pode ocorrer a expulsão do DIU, isso é mais comum no primeiro ano de uso e ocorre em até 10% dos casos.
Eficácia: às mulheres que desejam fazer uso do DIU como principal método contraceptivo é indicado que procure seu ginecologista para conversar e tirar todas as dúvidas. Vale lembrar que o DIU de cobre começa a fazer efeito imediatamente após ser colocado, ele não afeta os hormônios e é um dos métodos mais eficazes de contracepção. As taxas de gravidez são inferiores a 1 em cada 100.000 mulheres/ano.