Após a repercussão dos resultados do estudo da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) sobre a eficácia da vacina tríplice viral contra a Covid-19, a universidade emitiu uma nota conjunta com a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, na tarde desta quarta-feira (10), em que esclarece quatro pontos sobre a pesquisa.
O comunicado faz um pedido para que não haja qualquer movimento de procura da vacina nos postos de saúde ou clínicas privadas por parte da população, enquanto não há indicação oficial para isso.

A nota destaca que “não se trata de imunizante equivalente àqueles voltados à vacinação preventiva contra o coronavírus, produzidos por exemplo, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan”.
“Também não se configura como ‘tratamento precoce’ da doença, do mesmo modo como alguns medicamentos são divulgados, sem contudo terem sua eficácia cientificamente comprovada”, cita outro ponto.
Procura em postos de saúde 1y4md
Dessa forma, a universidade e a secretaria de Saúde da Capital alertam para que não haja um movimento de procura nos postos de saúde, e “nem autorizam ou recomendam a procuram em clínicas privadas”.
“Caso haja a definição por seu uso em meio à Pandemia da Covid-19, haverá campanhas oficiais dos órgãos sanitários no sentido de orientar devidamente a população sobre grupos, datas e locais de o”.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Edison Fedrizzi, após uma reunião realizada com o prefeito Gean Loureiro na tarde de terça-feira (9), para discutir os resultados dos estudos, o poder municipal se mostrou animado com a possibilidade de realizar uma campanha de vacinação.
No entanto, tudo ainda depende de um parecer favorável do governo do Estado. “Eles já têm os resultados em mãos, mas a decisão deve sair em até 30 dias”, explica Fedrizzi.
Confira os 4 pontos destacados pelos pesquisadores: 165817
1. Não se trata de imunizante equivalente àqueles voltados à vacinação preventiva contra o coronavírus, produzidos por exemplo, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan.
2. Também não se configura como “tratamento precoce” da doença, do mesmo modo como alguns medicamentos são divulgados, sem contudo terem sua eficácia cientificamente comprovada.
3. Trata-se de uma pesquisa preliminar, iniciada em 2020, a partir do uso de imunizante constante do calendário regular de vacinação, a Vacina Tríplice Viral (MMR), que, por ora, demonstra resultados animadores, na estimulação da imunidade inata, com possibilidade de prevenir a infecção pelo novo coronavírus ou diminuir sua severidade por diminuição da carga viral.
4. Na fase atual, há respostas animadoras mas que ainda dependem de etapas fundamentais para que venha a ser aprovada e validada, para ser utilizada junto à população.
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O estudo feito por pesquisadores da UFSC desde julho de 2020 indica que o imunizante, oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) desde 1992 no calendário de vacinação, reduz em 76% o número de internações hospitalares pela Covid-19.
A intenção é que a tríplice viral forneça uma imunização temporária e emergencial para o público dos grupos não prioritários, ainda sem previsão de receber doses das vacinas específicas.
A pesquisa é realizada pelo Centro de Pesquisa no Hospital Universitário da UFSC. Os cientistas fizeram análises estatísticas com os dados coletados até a segunda semana de janeiro deste ano.
Apoiam a pesquisa o Bio-Manguinhos, da FioCruz, a Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina), a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis.