Três microrregiões concentram 60% dos casos de Covid-19 em SC 6s3j6f

Boletim divulgado no sábado (7) mostra que a pandemia continua em expansão no Estado, com crescimento de 5,5% de casos em uma semana 3xx1p

A pandemia continua em franca expansão em Santa Catarina, com um crescimento de 5,5% de casos da Covid-19 entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro. Isso representa um salto de 254.488 casos para 268.644. Mais de 13.216 pessoas foram infectadas em apenas uma semana.

Neste contexto, três microrregiões ocupam um pódio nada invejável, concentrando 60% dos casos da doença no Estado. São elas as microrregiões de Florianópolis, Blumenau e Itajaí.

Microrregião de Florianópolis apresenta a maior taxa de crescimento de casos da Covid-19 dentre todas as 20 microrregiões do Estado – Foto: Anderson Coelho/NDMicrorregião de Florianópolis apresenta a maior taxa de crescimento de casos da Covid-19 dentre todas as 20 microrregiões do Estado – Foto: Anderson Coelho/ND

Os dados são do último boletim, divulgado no sábado (7), pelo Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense), vinculado à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).  O estudo analisa informações relativas à semana de 29 de outubro à última quinta-feira (5).

Para a elaboração dos boletins, o Núcleo utiliza os dados disponibilizados pelo governo do Estado, por meio dos boletins epidemiológicos divulgados diariamente pela Secretaria Estadual da Saúde.

Contudo, o estudo analisa a evolução da Covid-19 por microrregião, classificadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), diferente do Estado, que analisa por mesorregião.

“Capital” da Covid-19 75t2j

No caso da mesorregião da Grande Florianópolis, que é composta por três
microrregiões, o estudo observou uma mudança no cenário da microrregião de Florianópolis desde o final do mês de setembro.

A taxa de crescimento ou de 7% na primeira semana de outubro para 14% na última semana daquele mês, sempre apresentando a maior taxa dentre todas as 20 microrregiões do Estado.

Já na primeira semana de novembro, essa taxa ficou ao redor de 11%, quando em todas as demais microrregiões a taxa de crescimento dos casos não ultraou 5%. Assim, a participação no total de casos oficialmente registrados na mesorregião aumentou para 89,5%.

Enquanto isso, a microrregião de Tijucas obteve 9% de participação, e a microrregião do Tabuleiro apenas 1%.

No âmbito da microrregião, a cidade de Florianópolis aumentou sua participação para 43,5% no total de casos.

Contudo, o boletim aponta que houve uma forte expansão do vírus pelas cidades próximas, com destaque para Palhoça, que responde por 18% de todos os registros oficiais da microrregião; São José com 25,5% dos casos e Biguaçu com 6,5%.

Até esta segunda-feira (9), a Capital catarinense contabilizava 1.097 casos ativos da Covid-19, segundo o Covidômetro da prefeitura municipal.

Aumento de casos a5258

De acordo com o boletim, a mesorregião do Vale do Itajaí, composta por quatro microrregiões, continua sendo um dos principais focos de contágio da Covid-19 no Estado. Contudo, não há uma distribuição regular dos registros entre as microrregiões.

A microrregião de Itajaí reduziu sua participação percentual para 48% de todos os casos da mesorregião, mesmo que a taxa de crescimento nessa região tenha sido de 5%.

A cidade Balneário Camboriú respondia por 25% de todos os casos da microrregião, enquanto Itajaí respondia por 27%; Navegantes por 9%; Camboriú por 10%, Itapema por 11%, Penha por 3,5%, Piçarras por 3% e Bombinhas por 3%.

Com isso, nessas cidades estavam concentrados aproximadamente 92% de todos os casos da microrregião. Já a microrregião de Blumenau aumentou sua participação para 44% de todos casos da mesorregião.

Neste caso, a cidade de Blumenau ampliou sua participação para 47,5% de todos os casos da microrregião, enquanto a cidade de Brusque representava 21%; Gaspar 11%, Indaial 6,5%, Timbó 4%, Pomerode 3,5% e Guabiruba 3%.

Na manhã desta segunda-feira, Blumenau registrou o 164ª óbito desde o início da pandemia. A cidade tem 17.130 casos confirmados.

Evolução da doença k2l3

Um gráfico elaborado pelo estudo do Necat apresenta o processo evolutivo nas microrregiões mais atingidas pelo novo coronavírus.

O boletim destaca a expansão expressiva da doença na microrregião de Florianópolis ao longo de todo o mês de outubro, com continuidade na primeira semana de novembro.

Evolução dos casos em microrregiões selecionadas de Santa Catarina, 28 de maio a 5 de novembro de 2020 – Dados: Secretaria Estadual da Saúde. Elaboração: NECAT-UFSCEvolução dos casos em microrregiões selecionadas de Santa Catarina, 28 de maio a 5 de novembro de 2020 – Dados: Secretaria Estadual da Saúde. Elaboração: NECAT-UFSC

Em seguida vem a microrregião de ville, que apresentou taxa de crescimento de apenas 3% na semana considerada. Um segundo grupo, composto pelas microrregiões de Itajaí e Blumenau, as quais apresentaram um leve movimento de ascensão novamente a partir do início de novembro, com taxas de crescimento entre 5 e 6%.

Um terceiro grupo, composto pelas microrregiões de Criciúma e Tubarão, mantém um nível elevado de contaminação, mesmo que as taxas de crescimento se situaram entre 4,5 e 5.

Por último, o grupo composto pelas microrregiões de Chapecó, Concórdia, Joaçaba, Campos de Lages, Araranguá e Xanxerê, apresentou uma trajetória mais linear nos últimos meses, mesmo que o espraiamento da doença em direção aos pequenos municípios no mês de outubro e primeira semana de novembro.

Aceleração de mortes v5i6x

Santa Catarina está no 17º lugar em número de óbitos pela Covid-19. Na data de fechamento do boletim, o Estado já havia atingido a marca de 3.195 mortes.

O estudo considera que houve uma expansão lenta de ocorrências até o final do mês de abril. Porém, a partir do mês de maio houve um aumento considerável de mortes, sendo que durante o mês de junho o número total no Estado mais que dobrou.

Evolução do número de óbitos em Santa Catarina entre 26 de março e 5 de novembro – Fonte: Secretaria do Estado de Saúde; Elaboração: NECAT/UFSCEvolução do número de óbitos em Santa Catarina entre 26 de março e 5 de novembro – Fonte: Secretaria do Estado de Saúde; Elaboração: NECAT/UFSC

Desde então, a taxa de crescimento de óbitos variou entre 24% e 38%. Na primeira semana de setembro foram registradas 117 mortes. Na segunda semana do mesmo mês foram registradas mais 131 mortes. Na terceira mais 126; e na quarta semana mais 95.

Com isso, em apenas quatro semanas de setembro foram registrados mais 470 óbitos. Ao final de setembro foi contabilizado um total de 496 mortes. Entre os dias 1º de outubro e 30 de outubro foram registrados mais 306
óbitos no Estado.

Na primeira semana de novembro foram registradas mais 100 mortes, o que, para o estudo, significa uma aceleração desse indicador.

Dados preocupam z724t

Para o coordenador do NECAT, Lauro Mattei, o resultado final do estudo mostra que o nível de contaminação da população catarinense ainda continua num ritmo acelerado.

Outro aspecto preocupante levantado por ele, é que no período de abrangência do estudo foram registradas mais 97 novas mortes,
indicando a continuidade da ocorrência de um número elevado de óbitos por dia.

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