O Ministério da Saúde destinou um montante de R$ 55 milhões para intensificar a prevenção e tratamento da hanseníase no Brasil. Desse total, R$ 50 milhões serão destinados diretamente a 955 municípios considerados de alta endemia, com mais de 10 casos por grupo de 100 mil habitantes, visando erradicar a doença como problema de saúde pública.

No entanto, segundo a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), ainda não há informações de quanto deste montante virá ao Estado.
Já segundo o governo federal, os municípios selecionados têm a incumbência de investir esses recursos em iniciativas como a busca ativa para detecção de novos casos de hanseníase, aplicação de testes rápidos nos contatos de casos registrados a partir de 2023 para identificar aqueles com maior risco de adoecimento, além do resgate de casos em situação de abandono.
De acordo com a Agência Brasil, do montante total, R$ 4 milhões serão alocados para pesquisa de novos medicamentos voltados ao tratamento da hanseníase, enquanto outros R$ 1 milhão será direcionado a um edital destinado a ONGs (organizações não governamentais) para ações de combate ao estigma e discriminação, bem como educação em saúde.
Hanseníase em Santa Catarina 1g1f6j
Segundo a SES, Santa Catarina acumulou no ano ado 135 casos de hanseníase. Entre eles, quatro foram em menores de 15 anos.
A pasta explica ainda que a doença é causada por uma bactéria, transmitida pelas vias aéreas superiores (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) por meio de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento.
As pessoas que convivem intimamente com o doente também devem ser examinadas, pois assim poderão ter o diagnóstico na fase inicial, prevenindo a progressão da doença e a instalação das incapacidades físicas e deformidades que geram preconceito e discriminação aos portadores.
Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos.
Vacina contra a doença 4z6ar
O Ministério da Saúde destaca que esses R$ 55 milhões, anunciados recentemente em Brasília, somam-se a outros R$ 5 milhões liberados no ano anterior para pesquisa e desenvolvimento nacional de uma vacina e novos testes para hanseníase.
No momento, o Ministério da Saúde, em colaboração com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), financia o ensaio clínico para avaliação da eficácia da Lepvax, primeira vacina específica para hanseníase no mundo, aguardando aprovação da Anvisa para dar continuidade aos testes.