Os sintomas da Covid-19 mudaram à medida que novas variantes foram surgindo. A mais recente, a Ômicron, está se espalhando pelo mundo — e estudos indicam que ela é a mais contagiosa até o momento.

Mesmo com o avanço da vacinação que diminuiu o índice de hospitalizações e mortes, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que a Ômicron não pode ser descrita como branda, já que segue matando pessoas em todo o mundo.
Na primeira semana de janeiro de 2022, o número de casos globais da doença aumentou em 71% na última semana — e, nas Américas, subiu 100%, segundo a OMS. Em todo o mundo, 90% dos casos graves são de pessoas que não foram vacinadas.
A variante Ômicron foi detectada e anunciada pelo NICD (Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul) em 25 de novembro. Segundo o laboratório, a análise partiu de amostras retiradas dez dias antes.
No Brasil, a Ômicron já é dominante, segundo o mapa de frequência do Programa de Vigilância de Sars-CoV-2, da Rede Corona-Ômica BR-MCT, que analisa o crescimento das variantes no país. Ela foi detectada entre 90% e 100% dos casos positivos confirmados por testes RT-PCR.
Sintomas da Ômicron 451x62
Segundo dados da Agência de Inovação Clínica da Austrália, pacientes relataram com mais frequência dor de garganta em vez de perda de paladar e olfato.
Os sintomas da Covid-19 podem aparecer de dois a 12 dias após a exposição ao vírus, mas o tempo pode variar com a Ômicron, pois sua incubação parece ser de três a quatro dias.
Cinco sintomas mais comuns:
- Secreção nasal;
- Dor de cabeça;
- Fadiga (leve ou grave);
- Espirro;
- Dor de garganta.
Fonte: Estudo Zoe Covid, King’s College London
Diferença entre as variantes q6v5i
Alfa
É a primeira variante de preocupação, que foi identificada no Reino Unido em setembro de 2020. Ela foi associada a um risco maior de morte em comparação ao vírus original. A transmissibilidade é entre 30 e 50% maior do que as linhagens anteriores.
Sintomas mais comuns: perda ou alteração do olfato, perda ou alteração do paladar, febre, tosse persistente, calafrios, perda de apetite e dores musculares.
Beta
A variante é uma mutação da Alfa, que foi detectada na África do Sul em outubro de 2020 e rapidamente se espalhou para mais de 40 países. Conforme o Instituto Butantan, a variante foi associada a um aumento de 20% das hospitalizações e mortes por Covid-19 na África do Sul.
Sintomas mais comuns: febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga.
Gama
Ela foi identificada pela primeira vez em quatro viajantes que vinham de Manaus (AM), testados durante triagem de rotina do aeroporto de Haneda, no Japão, em novembro de 2020. Em janeiro de 2021 foi decretada como uma variante de preocupação pela OMS.
Na época, o Brasil iniciou a vacinação contra a doença em meio a uma segunda onda de casos e mortes causadas pela Gama.
Sintomas mais comuns: febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga.
Delta
Descoberta na Índia em outubro de 2020, foi considerada variante de preocupação em maio de 2021. Era considerada a mais contagiosa, até o surgimento da Ômicron.
Sintomas mais comuns: coriza, dor de cabeça, espirros, dor de garganta, tosse persistente e febre.
Eficácia das vacinas contra variantes 2a4l45
A proteção dos imunizantes contra formas graves da Covid caiu para 50% com a Ômicron, afirmou a OMS no último sábado (23). No entanto, a dose de reforço aumenta a porcentagem para 80%.
Em relatório, a organização diz que a nova cepa foi detectada em 171 países em todo o mundo. A alta capacidade de escapar à imunização, seja conquistada por vacinas ou por anticorpos dos pacientes recuperado, contribui para a transmissão mundial.
Assim, a conclusão do texto é que a eficácia das vacinas contra formas graves da doença está preservada, mesmo que não tanto contra a infecção.