De acordo com o novo boletim epidemiológico divulgado pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), Santa Catarina já conta com 17 casos confirmados de febre amarela no período entre 29 de dezembro de 2019 até esta quarta-feira (12). Duas pessoas morreram pela doença neste ano.

O Vale do Itajaí concentra a grande maioria dos casos de febre amarela no Estado. São 13 dos 17 casos, ou seja, 76,5% dos registros.
As duas mortes também ocorreram nessa região. No dia 2 de março morreu um morador de Camboriú. E em 13 de março a vítima foi um homem de Indaial. Nenhum deles havia se imunizado.
Blumenau é a cidade mais atingida pela doença. São sete casos confirmados no município, que é seguido por Indaial, com três casos, e Pomerode, com dois.
O último caso confirmado da doença em Santa Catarina é de Indaial, com LPI (Local Provável de Infecção) também em Blumenau. O início dos sintomas do paciente foi no dia 2 de maio.
Santa Catarina ainda conta com um caso confirmado em Camboriú, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul. Além disso, há um caso de uma pessoa de São Paulo, mas que adquiriu a doença em Pomerode.
Aumento em relação a 2019 6i5h3e
De acordo com o boletim da Dive, no período entre 29 de dezembro de 2018 até 7 de agosto de 2019, o Estado registrou apenas dois casos e nenhuma morte por febre amarela. Os casos ocorreram em ville e Itaiópolis, no Norte catarinense.
Com 17 casos nos oito primeiros meses de 2020, Santa Catarina tem um número 8,5 vezes maior de casos de febre amarela comparado ao ano anterior.
Sintomas da doença e prevenção 44135w
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Os sintomas iniciais da febre amarela são o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, além de fadiga e fraqueza.
A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. Além da vacina, deve-se manter os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos, mantendo as casas e as ruas limpas sem acúmulo de água parada, habitat ideal para reprodução dos vetores.
Locais que têm matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são consideradas como áreas de risco.
Vacinação 3ix4x
Por causa do cenário atual de Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vacinação contra a febre amarela. Essa é única forma de prevenir a doença.
A Dive reforça que é fundamental a vacinação de todas as pessoas não vacinadas, especialmente aquelas que residem ou trabalham em áreas silvestres ou próximas às matas.
O órgão ressalta ainda que toda a expansão da circulação do vírus está associada à ocorrência do ciclo silvestre da doença, não havendo até o momento nenhum indício da sua urbanização.
A cobertura vacinal em Santa Catarina, segundo a Dive, não é homogênea. O ideal é vacinar, ao menos, 95% da população dentro do público-alvo, que são todas as pessoas com mais de nove meses de idade.
O governo de Santa Catarina reitera que todos os moradores nesta faixa etária devem ser imunizados. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde.