A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) recomenda a nova vacina contra a dengue para crianças e adolescentes de 4 a 16 anos. O anúncio feito no último dia 21 recomendando a vacina QDENGA contra a dengue como escolha preferencial para imunizar os pequenos, trouxe curiosidade aos pais.

Recém-aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a vacina produzida pelo laboratório japonês Takeda é destinada a indivíduos de 4 a 60 anos.
Conforme explica a publicação da SBP, a imunização é formulada com vírus vivo atenuado para a prevenção da dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos existentes (1, 2, 3 e 4) e pode ser istrada independentemente de exposição anterior do paciente à dengue e sem necessidade de teste pré-vacinação.
Sem data 3xc1h
Segundo a SES/SC (Secretaria da Saúde de Santa Catarina), ainda não há data para o imunizante chegar ao Estado para este público. Isso porque a compra é feita pelo Ministério da Saúde, que distribui para os Estados e os Estados distribuem aos municípios.
Em agosto, o governo brasileiro disse que estava em conversas com o laboratório para adquirir os imunizantes, sem especificar para qual público seria recomendado.
“O Ministério da Saúde tem mantido diálogo com a empresa Takeda, que também colabora com a Hemobrás [Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia] para o Fator 8 contra a hemofilia. Essa empresa está em diálogo conosco. Entrou agora, no dia 2 de agosto, com a solicitação formal de sua incorporação no SUS (Sistema Único de Saúde)”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Segundo a ministra, o governo brasileiro aguarda a proposta oficial do laboratório para adquirir os imunizantes.
Dengue em Santa Catarina 6e4s5x
Somente em uma semana, Santa Catarina já registrou três novas mortes causadas pela dengue. As informações são do último boletim epidemiológico da doença emitido pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina).
Com isso, pelo menos 94 pessoas foram vítimas da infecção no Estado em 2023. O número é superior ao registrado durante todo o ano de 2022, quando 89 pacientes não resistiram.

As novas mortes confirmadas ocorreram em Garuva e São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina e em São José, na Grande Florianópolis. As vítimas têm 52, 77 e 51 anos, respectivamente. As mortes ocorreram entre junho e agosto.
Entre os dias 21 e 28 de agosto, 1854 novos casos da doença foram registrados em Santa Catarina. Até então a Dive documentou 108.870 pacientes no Estado. Com 37.747 infecções identificadas, ville é a cidade catarinense com a maior incidência do vírus.
Casos de dengue em SC ‘explodiram’ nos últimos 6 anos 4h7059
No último dia 14, o TCE-SC (Tribunal de Contas do Estado) divulgou estudo que mostra aumento de 1.800% nas infecções no Estado nos últimos seis anos. Segundo o levantamento, de 2016 a 2023 os casos da doença em Santa Catarina saltaram de 56 para mais de 1.071 casos a cada 100 mil habitantes.
Contraindicação 1f1oe
De acordo com a Sociedade de Pediatria, a imunização somente é contraindicada a pacientes com hipersensibilidade às substâncias contidas na formulação, a mulheres grávidas ou em período de amamentação e para indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida – incluindo aqueles em uso de corticoides ou outros medicamentos em doses imunodepressoras.
A vacinação também deve ser adiada em pacientes que apresentem doença febril aguda. Já a presença de uma infecção leve, como um resfriado, não deve resultar no adiamento da imunização.
Diante da aprovação da Anvisa, o Brasil têm agora duas vacinas quadrivalentes contra a dengue:
· Vacina Dengvaxia (Sanofi) – recomendada apenas aos que já tiveram infecção prévia confirmada pelo vírus da dengue (soropositivos), istrada num esquema de três doses para indivíduos de seis até no máximo 45 anos.
· Vacina QDENGA (Takeda) – recomendada no esquema de duas doses, para indivíduos de quatro até 60 anos de idade, independentemente de infecção prévia (soropositivos e soronegativos).
A SBP sinaliza também que, em função da escassez de dados sobre segurança, no momento, “não é recomendado realizar intercâmbio de doses entre as diferentes vacinas”, finaliza o documento. Ou seja, não é recomendada a prática de usar diferentes tipos de vacinas para as duas doses de um esquema de vacinação, quando se trata de imunização contra a dengue.