
Segundo dados divulgados pelo IBGE, a população brasileira com 60 anos ou mais é a faixa etária que mais cresce no país, superando a marca de 30 milhões de indivíduos, correspondendo a 14% da população. Essa é uma tendência mundial e são números que nos levam a uma reflexão: como estão sendo cuidados nossos atuais idosos, e como e quem cuidará de nossos futuros idosos.
Em muitos países e culturas diferentes da nossa, os próprios idosos já decidem com antecedência, onde pretendem residir quando acometidos por patologias que reduzam sua autonomia e independência, as chamadas doenças crônico-degenerativas, preparando-se para viver em casas especializadas nesta etapa de suas vidas.
Sabemos que a mudança de moradia não é uma decisão simples em qualquer fase da vida, mas principalmente na idade avançada, pois na maioria das vezes, a residência vincula-se as suas memórias, suas relações sociais, sua referências.
A pandemia da Covid-19, por mostrar ao mundo a fragilidade comum entre os mais idosos, colocando-os em evidência nas estatísticas da doença, e divulgando ser comum a institucionalização nesta faixa etária, principalmente nos países mais ricos como Estados Unidos, Canadá, Japão e países europeus, de alguma forma ajudou a reduzir o preconceito e o sentimento de culpa por parte dos idosos e familiares, em relação às Instituições de Longa Permanência para Idosos.
Especialista faz uma análise sobre o momento mais adequado para a mudança de residência.

Dr. Ricardo de Simas, médico especialista em geriatria, gerontologia e clínica médica, analisa este assunto para o Saúde Mais.
“O envelhecimento é inerente à pessoa humana e abrange todas as alterações que ocorrem no nosso organismo ao longo da vida e que não configuram doenças. São processos fisiológicos como o aparecimento de cabelos brancos e rugas, a perda de flexibilidade e massa muscular, redução da estatura, entre outros”, explica Dr. Ricardo.
“A isso chamamos de senescência. Já a senilidade pode ser entendida como condições que acometem o indivíduo, no seu envelhecimento, devido a mecanismos fisiopatológicos. São alterações como as doenças crônico-degenerativas, que podem comprometer a funcionalidade e qualidade de vida das pessoas. Entretanto, isso não significa que são alterações normais do envelhecimento e não são comuns a todos em uma mesma faixa etária”, observa.
Perdas com a senilidade comprometem expectativa de vida 6q4c6x

Estudos mostram que a perda cognitiva, de autonomia, de funcionalidade, relacionadas a estas doenças crônico-degenerativas, vão comprometer em média 10-15% da expectativa de vida após os 65 anos.
É neste período de tempo, muito variável de indivíduo para indivíduo, que as pessoas vão necessitar de cuidados assistenciais, geralmente em tempo integral, que poderão ser prestados no próprio domicílio por familiares ou cuidadores terceirizados, ou através da hospedagem em Instituições Geriátricas.
São exatamente o comprometimento cognitivo, relacionado as demências, como por exemplo a doença de Alzheimer, e a dependência nas atividades básicas de vida diária – tomar banho, vestir-se, alimentar-se, entre outros, os fatores mais fortemente associados a institucionalização no Brasil.
- Os dados são do estudo da Universidade de o Fundo, publicado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, em 2016 (“Factors associated with the institutionalization of the elderly: a case-control study””, publicado em Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 19, n. 6, p. 1004-1014, 2016, DOI: http://dx.doi. org/10.1590/1981-22562016019.160043).
E quando a família não pode mais garantir o conforto e a segurança do idoso?

As doenças crônico-degenerativas tendem a ser prolongadas, durando muitos anos. As ocorrências clínicas como alteração de comportamento, agressividade, desidratação, dificuldades na alimentação, quadros infecciosos recorrentes, como pneumonia e infecção urinária, tornam-se comuns e recidivantes, necessitando intervenção médica e de outros profissionais da equipe de saúde de forma frequente.
“De modo geral essa não é uma situação simples. Muitas vezes, o familiar-cuidador não pode dedicar-se 24 horas, e por períodos longos, às vezes anos, abrindo mão de sua vida pessoal e sob risco do que chamamos de estresse do cuidador”, alerta o médico.
Por outro lado, se esta for a opção, a presença permanente de cuidadores externos, estranhos à família, muitas vezes sem formação e vocação para um trabalho tão especial, em residências cada vez menores, pode tornar-se difícil. Além dos riscos trabalhistas, bastante comuns.
“Manter esta estrutura pode ser complexo e desgastante, principalmente porque existe a necessidade de atenção contínua e especializada dentro de um quadro que só evolui. Neste cenário, quando a estrutura doméstica já não oferece condições ideais de segurança, conforto e qualidade no atendimento às necessidades desse paciente, a hospedagem do idoso em uma instituição geriátrica torna-se a melhor opção”, sugere Dr. Ricardo Simas.
Decisão difícil, mas necessária. O que fazer? e1u4j

Esta decisão tende a ser difícil para os familiares, que podem enfrentar divergências entre si, e com o próprio idoso. Neste momento, a busca por profissionais qualificados, como médicos, principalmente geriatras, e psicólogos, ajudando-os a reconhecer suas limitações e dificuldades, pode ser de grande valia.
“Conhecer e avaliar as Instituições em sua cidade, também torna-se muito importante, ajudando-os na escolha e oferecendo a segurança necessária ao momento”, diz o médico, que também é diretor da Residência Geriátrica Santa Inês, em Florianópolis.
Quando ocorre um evento grave com o idoso. Como proceder? 3o6440

Uma outra situação comum, e que exige uma decisão rápida, ocorre quando um idoso está relativamente bem e apresenta um evento, geralmente grave, como um AVC – Acidente Vascular Cerebral, vai para o hospital, e quando se resolve a fase aguda, não volta a apresentar a independência e autonomia que possuía antes.
“Nesses casos, a decisão da família deve ser rápida, porque ela não consegue se preparar para cuidar daquele paciente, que se torna abruptamente dependente. A permanência temporária em uma residência geriátrica proporciona cuidados adequados para a sua reabilitação, e também permite que a família se adeque à nova situação e se prepare para dar o atendimento necessário quando o mesmo voltar para casa”, conta Dr. Simas.
Hora de escolher a instituição geriátrica certa 4z2b

A resolução publicada pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa (RDC 283/2005) determina que as Instituições de Longa Permanência para Idosos, também denominadas Casa de Repouso para Idosos ou Instituições Geriátricas devem prover aos seus residentes o exercício dos direitos humanos, garantir a identidade e a sua privacidade, assegurando um ambiente de respeito e dignidade, promover a participação da família na atenção com o residente, entre outras determinações.
“As famílias devem, neste momento, visitar algumas instituições, olhar as redes sociais, pesquisar sobre profissionais que trabalham naquele local. Essa escolha deve ser muito cuidadosa”, aconselha o Dr. Simas.
Ele ainda cita outros pontos importantes a serem observados: “Verificar as instalações, a higiene, a segurança, a temperatura do ambiente, incidência solar, área de lazer e atividades, existência de área externa e jardim; observar a alimentação oferecida, o enxoval, os profissionais que compõe a equipe multiprofissional, as atividades terapêuticas e sociais desenvolvidas; os alvarás de funcionamento junto aos órgãos competentes; a frequência da disponibilidade de assistência médica e de enfermagem”, orienta o especialista.
Pessoas certas para cuidar de seus familiares 5n563z
Outra dica é que local precisa ter uma enfermagem especializada, experiente e coordenada, além de fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e o à odontologia. O geriatra ressalta a importância de haver na instituição um nutricionista. “Muitos precisam de alimentação especial, ou por via alternativa de alimentação”, observa.
Além dos profissionais qualificados na saúde, há os recreadores, os que trabalham com arteterapia, personal sênior, para os exercícios físicos, trabalho de musicoterapia e organização de eventos. “É reconfortante ver os grupos nos eventos, interagindo com as músicas de sua época, porque que a memória musical os deixa alegres. E também outras atividades festivas como aniversários, páscoa, natal, carnaval, festas juninas, entre outras”, lembra o médico da Residência Geriátrica Santa Inês.
Mais dicas para a hora de escolher a instituição 3w191b
Uma dica é observar o trabalho de acolhimento do local a ser escolhido, buscar informações com outras pessoas que têm ou já tiveram familiares no local. Sempre é importante para dar a segurança que família precisa neste momento.
Deve-se avaliar a capacidade financeira do idoso e da família. “Este é um tema muito importante, precisamos ajudar a família a ter segurança, demonstrando total transparência”, afirma o especialista.
Um cuidado inadequado pode levar a erros assistenciais, medicações caras, internações hospitalares, conflitos, estresse, além de elevar os custos. “Se a família, ao escolher a residência geriátrica, sentir um ambiente triste, fechado, pouco ensolarado, não terá a tranquilidade necessária ao hospedar ali a pessoa que tanto ama.
“O nosso desafio como residência geriátrica é proporcionar ao hóspede e aos seus familiares uma experiência positiva que, ao frequentarem a instituição, tenham vontade de viver aqui quando chegar a sua idade”, diz o experiente diretor da Residência Geriátrica Santa Inês.
Sobre a instituição 1e1a6m

A Residência Geriátrica Santa Inês é uma bela e confortável casa de repouso, com serviços especializados de uma equipe multiprofissional. Além de cuidados especiais, sob supervisão médica e de enfermagem permanentes, oferece atividades recreativas e outros serviços para que os hóspedes e seus familiares tenham uma vida mais confortável e tranquila.
A equipe multiprofissional da Residência Geriátrica Santa Inês reúne-se periodicamente para realizar o cronograma de atividades, onde temas e eventos são planejados para que se adote uma condução conjunta de ações. Na oportunidade são programados também eios externos e festas entre os hóspedes ou com os familiares, aniversários e datas comemorativas como Páscoa, São João, Primavera, Natal e Carnaval.
RESIDÊNCIA GERIÁTRICA SANTA INÊS
- Rua 15 de Novembro, 263, Estreito – Florianópolis, SC 88075-220
- (48) 3025-9500
- (48) 9105-9500
- Dra. Margarete Simas Abi Saab – Diretora Técnica Médica – CRM/SC 2266 RQE 1793
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