O coronavírus continuou a sofrer mutações e se espalhar em 2022, apesar da introdução de vacinas e medicamentos seguros e eficazes. No entanto, uma pesquisa da “Nature Medicine” revelou que o Brasil é o líder mundial em rejeição à vacina contra a doença na infância. Ou seja, por aqui há mais pessoas que se recusam, ou tem dúvidas na hora de vacinar seus filhos e/ou crianças que estão em sua responsabilidade.
Os dados mostram que na Polônia, por exemplo, a hesitação em se vacinar está presente em 2.4% da população contra 56.3% no Brasil.

A hesitação na vacinação contra a Covid-19 na infância também foi significativamente maior entre os pais mais velhos no Equador, Índia e África do Sul.
Segundo o site, os números são alimentados por desinformação sobre os imunizantes.

Para realizar a pesquisa, foram ouvidas 23 mil entrevistados em 23 países. São eles: Brasil, Canadá, China, Equador, França, Alemanha, Gana, Índia, Itália, Quênia, México, Nigéria, Peru, Polônia, Rússia , Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.
Os pesquisados fizeram o estudo entre 29 de junho a 10 de julho de 2022. Nele encontraram disposição para aceitar a vacinação em 79,1%, um aumento de 5,2% em relação a junho de 2021.
As dúvidas aumentaram em oito países, porém, variaram de 1,0% (Reino Unido) a 21,1% (África do Sul). Quase um em oito (12. 1%) entrevistados vacinados estão hesitantes sobre doses de reforço.
O apoio geral à vacinação de pessoas menores de 18 anos aumentou ligeiramente. Quase dois em cada cinco (38,6%) entrevistados relataram prestar menos atenção às novas informações da doença do que anteriormente, e o apoio aos mandatos de vacinação diminuiu.
Os resultados também mostram que, embora a maioria dos entrevistados aceite doses de reforço e vacinação infantil, alguns indivíduos não vacinados permanecem contrários à imunização de si mesmos e de seus filhos.
“Tomadores de decisão, profissionais, advogados e pesquisadores devem colaborar de forma mais eficaz para abordar essas disparidades persistentes e bolsões de resistência com políticas e programas novos, personalizados e baseados em evidências”, opina o site.
A medida, segundo ele, ajudaria a reverter as tendências de aumento da doença e acabaria com a pandemia de Covid-19 como uma ameaça global à saúde pública.