Quando se fala em cabelo, os cuidados vão além da lavagem diária, do uso de bons produtos e da hidratação regular. É preciso se atentar à maneira como os fios são tratados e manejados também na hora de fazer um penteado.
É importante que eles não sejam constantes, dando um descanso para o couro cabeludo. Isso porque os movimentos de puxar e esticar os fios podem resultar na calvície por alopecia cosmética de tração.

“Esta é uma situação frequente e ocorre pelo arrancamento do músculo sustentador do fio de cabelo. Cada fio é fixado no interior do couro cabeludo por esse músculo, que é muito fino e frágil”, explica o médico e tricologista Luciano Barsanti.
Segundo o médico, o problema ocorre com frequência pela tração excessiva nos fios causada por tranças, rabos de cavalo, grampos, tiaras, chapinhas, alongamentos, apliques, entrelaçamentos e outras agressões que puxam os fios.
“Em cada dez pacientes atendidas em minha clínica, seis mulheres apresentam algum grau de calvície por tração. Em homens com cabelo comprido também pode acontecer”, esclarece.
O médico alerta ainda que existem casos de perda definitiva de fios. Quando o músculo se rompe, o bulbo capilar desprende-se da artéria que nutre cada raiz, provocando a perda do fio, sem volta.
“É importante lembrar que os cabelos são como os melhores amigos, você só sente falta deles quando os perde”, complementa o tricologista.
Tratamento 1k701j
É possível tratar a alopecia de tração, mas para que o tratamento seja efetivo é importante que seja feito rapidamente.
O primeiro o é interromper a tensão nos fios, evitando os traumas causados pelos penteados e procedimentos ou, pelo menos, diminuir a frequência e o período de tempo em que são feitos.
E, mais do que isso, é fundamental procurar por um médico e tricologista, que é quem poderá definir o tratamento específico para cada caso, com maiores chances de funcionar para o paciente. O tratamento será definido de acordo com o tipo de cabelo, com a intensidade da perda dos fios e da seriedade do caso.
“O ideal é realizar um excelente diagnóstico da causa da alopecia sempre verificando se há outros problemas e patologias relacionadas. Depois o tratamento é adotado com métodos não-invasivos de eletroestimulação do bulbo do cabelo e desobstrução do óstio”, explica ele.
Segundo Barsantti, o ideal é utilizar insumos adequados e laser de baixo comprimento de onda para recuperação capilar, sem microagulhamento ou mesoterapia, que podem causar infecções no paciente.