Você acorda e, como faz normalmente, abre os olhos, ouve sons e começa a observar ao redor. Porém, ao tentar movimentar o corpo, nenhum dos membros responde aos comandos emitidos pelo cérebro, o que faz com que o momento que era para ser relaxante acabe gerando pânico.

Essa sensação angustiante e que faz parte da vida de cerca de 7% da população é denominada paralisia do sono. Entre as pessoas que convive com a doença, está o estudante Caio de Souza.
“No começo, achava que era um pesadelo ou sonho comum. Mas, quando se tornou mais recorrente, descobri que tinha alguma coisa errada”, conta ele, que há quatro anos convive com esse quadro.
O distúrbio, geralmente, ocorre em duas fases do sono, principalmente na chamada REM – rápido movimento dos olhos. Este seria um estágio intermediário entre dormir e sonhar, como se parte do cérebro acordasse e a outra parte não.
Segundo a médica Maria Julia Alves Coimbra Krein, especialista em medicina do sono, o distúrbio é benigno e não traz problemas à saúde da pessoa.
“Não se assuste e nem se apavore. A não ser a ansiedade inicial de quando a pessoa tem a doença pela primeira vez, ela não causa problemas. Ele é um distúrbio que a muito rápido, alguns segundos ou até dois minutos, no máximo”, explica.
Ansiedade e excesso de preocupação contribuem para distúrbio 4s3w32
O problema pode afetar homens e mulheres e é mais comum entre os 17 e os 20 anos. Ente os fatores que estão associados à paralisia do sono, estão a ansiedade e excesso de preocupação.
Caio, que tem 19 anos e é estudante de engenharia de produção automotiva, afirma que, com a rotina de estudos, é normal ar a noite acordado.
“Tem dias que eu durmo quatro horas e meia, cinco horas, porque fico estudando até muito tarde ou estou sem sono mesmo, fico no celular, vendo série”, conta.
Não há tratamento ou cura para a paralisia do sono, mas algumas dicas podem ajudar a pessoa na hora de dormir. Entre elas, está ir para cama no mesmo horário, usar uma luz diferente no quarto e evitar exercícios físicos pouco antes de dormir.
“Também é importante não ir para cama muito cansado, nem com o cérebro muito ativado, além de não tomar cafeína antes de dormir. Essas são dicas que geralmente melhoram a paralisia do sono”, explica a médica.
*Com informações da repórter Dani Lando, da NDTV