
A participação da mulher no mercado de trabalho tem crescido ano após ano, demonstrando a sua quase hegemonia nos mais diferentes setores. E até 2030, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a presença delas será ainda maior nas organizações, embora a busca pela igualdade salarial seja constante, dado o fato de que elas ganham, em média, 20% a menos que os homens pelos mesmos ofícios.
Fato é que diversas empresas têm olhado com atenção para a equidade de gênero dentro das companhias. E um exemplo de Santa Catarina, na Unimed Grande Florianópolis, traz o orgulho da cooperativa médica se auto intitular como “alma feminina”. Isso porque as mulheres são maioria na empresa e representam 75% num universo que ultraa os 1,2 mil colaboradores. Ou seja, a cada 10 profissionais, entre sete e oito são mulheres. A presença delas também tem peso na gestão, sendo que dos 60 cargos de confiança, 41 são de responsabilidade das colaboradoras, ou seja 65%.
O CEO da cooperativa médica, Richard Oliveira, destaca que a equidade de gênero é fundamental para qualquer organização. “Identifico nas mulheres uma hard e soft skills de intuição e comunicação que são fundamentais para o alcance de performance e de humanização”, defende.
O comportamento humanizado da empresa reafirma o compromisso de receber as profissionais com igualdade, tanto nas oportunidades, quanto na remuneração salarial. Há, ainda, o acolhimento às mães que retornam ao trabalho após o período da licença-maternidade, o que ajuda a reter talentos que se enquadram no perfil. Uma das iniciativas empregadas é o “Colo de Mãe”, um programa interno que fornece acolhimento e e com rede de apoio profissional às funcionárias, com o objetivo de tornar o processo de transição entre maternidade e trabalho mais leve e humanizado. Desde o início do programa em 2021, ao todo, 35 mães aram pelo acolhimento.

Dessa maneira, empresa e colaboradoras acabam ganhando em valorização e incentivo, conforme explica a gerente de gestão de pessoas, Cristiane Bruchado. “Fomentar iniciativas e reforçar as características que tornam as mulheres excelentes profissionais é uma forma de incentivar a presença delas no mercado de trabalho. Acolhidas e valorizadas, percebemos as mulheres mais atuantes, com conhecimento, atitude e expertise para assumirem suas tarefas”, diz.
Espaço cuidado 4h1y34
Pelo bem-estar das suas colaboradoras, a Unimed Grande Florianópolis criou um espaço exclusivo para as funcionárias que retornam da licença-maternidade. O local foi pensado para que as mães possam realizar a coleta do leite materno, armazená-lo e levá-lo para casa ao término do expediente. O espaço compreende todos os parâmetros necessários de higiene e armazenamento em temperatura adequada. Rosana Goulart é psicóloga da cooperativa e ajudou a idealizar o espaço para acolher as mães que retornam ao trabalho. “Não existe uma lei trabalhista atribuída a essa iniciativa, o que fizemos foi respeitar e apoiar as mães, tornando esse momento mais tranquilo e seguro para elas”, explica.
Mães em home office 4l6kc

Durante a pandemia, algumas equipes da Unimed Grande Florianópolis foram alocadas em home office, situação que permaneceu após o término do período pandêmico. Diante disso, mães encontram nesse modelo de trabalho a oportunidade de estar ao lado dos filhos, aliando maternidade e valorização profissional. Foi o que aconteceu com a colaboradora Jalusa Fachin. Ela é mãe do menino Pietro, de três anos, e desde a pandemia trabalha em casa. Com mais tempo para curtir o filho, Jalusa organiza a rotina profissional com o ofício materno. “É um privilégio e uma oportunidade única de acompanhar meu filho e de participar mais da rotina dele”, diz.