O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (1º) por meio de nota técnica algumas orientações para profissionais da saúde, gestantes, lactantes e puérperas que apresentem sintomas ou casos positivos da varíola dos macacos.

Entre as primeiras recomendações feitas pelo Governo para gestantes está o afastamento de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa.
Já na questão do sexual, orienta-se o uso de preservativos em qualquer tipo de relação, seja ela vaginal, oral ou anal, uma vez que a transmissão do vírus tem sido mais frequente pelo contato íntimo.
Nesse sentido, também é frisada a importância de se manter alerta ao seu parceiro ou parceira sexual, caso apresente alguma lesão na área genital e, se apresentar, não ter o contato.
Além disso, o uso de máscara é destacado como uma forma de não se infectar pela doença. Principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus.
Por fim, a nota recomenda que caso a grávida, puérpera ou lactante apresente algum sintoma suspeito, deverá procurar assistência médica, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
Orientações para profissionais da saúde 6k395s
Para os profissionais da saúde durante o diagnóstico e tratamento da varíola dos macacos em gestantes que tiveram contato com o vírus é recomendada a suspensão do monitoramento no caso de teste negativo; e em caso positivo, indica-se o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas.

A gestante também deverá ser instruída pelo profissional a fazer sua auto monitoração: acompanhando sua temperatura e o aparecimento/evolução das lesões cutâneas.
Já em casos de gestantes com sintomas suspeitos do vírus são feitas as seguintes indicações:
- Em caso de teste negativo – Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas e orientada a auto monitoração. O teste deve ser feito novamente caso os sintomas persistam;
- Em caso de teste positivo – Levando em consideração maior risco, é indicada a hospitalização da gestante nos casos moderados, graves e críticos;
- Dentro do conhecimento disponível até o momento, os profissionais de saúde devem saber que: as gestantes devem ficar em isolamento domiciliar com acompanhamento pela equipe assistencial, em caso de doença com quadro clínico leve;
- As pacientes com casos de maior gravidade devem ser acompanhadas em regime de internação hospitalar;
- Não há ainda protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal;
- O monitoramento da vitalidade fetal deve ser cuidadoso nas pacientes com a doença moderada, grave ou crítica, em vista da constatação de maior morbimortalidade do concepto [embrião] nestes casos;
- A via e o momento do parto têm indicação obstétrica e a cesárea como rotina não está indicada nestes casos; o aleitamento deve ser analisado de acordo com o quadro clínico em cada caso específico.