
Enquanto existirem as doenças, os médicos seguirão repetindo orientações, até que não seja mais necessário. E sobre doenças de pele, nunca foi tão importante chamar a atenção das pessoas, já que o órgão mais extenso do corpo humano exige uma série de cuidados que, muitas vezes, são negligenciados, o que pode levar a doenças graves, ou à morte.
Aqui você vai saber com detalhes sobre o câncer de pele e a psoríase. A primeira pode ter tratamento, se diagnosticada a tempo. A segunda, mesmo sem cura, tem muitas opções de tratamento. Saiba como prevenir, possíveis causas e como tratar.
O câncer de pele 4d61y
A pele exige dedicação e paciência, principalmente no verão, quando todos estão mais expostos aos raios solares. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer da pele representa 27% dos tumores malignos diagnosticados no país em 2020, sendo que são registrados cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. Isso se dá pelo fato de que o Brasil é um país tropical, onde muitos se expõem ao sol excessivo para trabalhar sem nenhum tipo de proteção.
Embora a doença seja muito comum, a chance de recuperação e de cura é de 90%, o que é uma estatística bastante relevante. Sendo assim, o câncer de pele é uma doença que provoca o crescimento anormal das células que compõem a pele, as quais se dispersam e formam outras camadas, criando os mais diversos tipos de câncer de pele, sem falar no envelhecimento precoce.
A médica de ville, Tatiana Reinhardt, traz mais informações sobre o câncer de pele.
Câncer de pele: o que você precisa saber 6r5j6o

“Existem diferentes tipos de câncer de pele e, assim, diferentes formas de tratamento”, explica Dra. Tatiana. Saiba quais são:
Carcinoma basocelular (CBC): O mais prevalente dentre todos os tipos. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce.
Carcinoma espinocelular (CEC): Segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Eles podem ter aparência similar à das verrugas. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.
Melanoma: Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. A “pinta” ou o “sinal”, em geral, muda de cor, de formato ou de tamanho, e pode causar sangramento. Além disso, vale lembrar que uma lesão considerada “normal” para um leigo, pode ser suspeita para um médico.
Saiba prevenir. Você conhece as regras do ABCDE? 2u1m69
As pintas podem estar em qualquer parte do corpo e podem indicar um sinal de alerta para o câncer tipo melanoma. Além do autoexame, é fundamental que o paciente procure um médico sempre que observar variações. Para esse procedimento é importante conhecer as regras do ABCDE que ajudam a oferecer indicativos, mas não substituem a ida ao médico.
“Esses cuidados devem ser permanentes. As lesões mais suspeitas são as assimétricas, com bordas irregulares, que mudam de cor e vão crescendo ao longo dos meses”, explica a médica.
Regras do ABCDE 1y126t

A de Assimetria: A metade da pinta não é semelhante à outra metade. Pintas perigosas ou melanomas tendem a ter uma assimetria de cores e formas.
B de Bordas: Lesões malignas apresentam bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção abrupta na pigmentação da margem.
C de Cor: A coloração não é a mesma em toda pinta. Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons em uma mesma lesão devem ser avaliadas, pois podem ser malignas. Também as lesões que mudam de cor, ficando mais claras ou mais escuras.
D de Diâmetro: Lesões que crescem rápido, principalmente aquelas maiores que têm seis milímetros. Estas têm maiores chances de serem malignas.
E de Evolução: Toda pinta que mudar de cor, formato, tamanho e relevo, em curto período de tempo (um a três meses), deve ser examinada por um médico.
Diagnóstico precoce salva vidas 652h5q
Muitas pessoas não sabem como reconhecer uma lesão maligna e, com isso, acabam postergando o diagnóstico e colocando a saúde em risco. Fique atento aos sinais da doença.
- Pintas ou sinais que se modificam com o tempo;
- Lesão com um lado diferente do outro (assimétrica), margens irregulares e mais de uma cor;
- Lesões maiores que 6 mm;
- Feridas que não curam até quatro semanas.
A Dra. Tatiana lembra que essas regras servem para o corpo todo. Como o melanoma (câncer de pele maligno) pode surgir em qualquer lugar da pele ou mucosas, é preciso ficar de olho também no couro cabeludo, unhas, dobras e planta do pé. Diante de qualquer sinal suspeito, busque ajuda médica.
Saiba mais sobre os raios UVA e UVB neste vídeo.
Protetor solar: 8 dicas para o uso correto 282p1d

Para prevenir o câncer de pele, os protetores solares devem ser escolhidos com cuidado e ser usados o ano todo. Veja dicas sobre a melhor forma de utilizar o produto.
– A utilização desse cosmético deve ocorrer durante o ano todo, mesmo no inverno. O sol não é uma exigência para a aplicação do filtro solar: é preciso usar o produto mesmo em dias nublados, pois ainda assim boa parte dos raios solares conseguem atingir a superfície.
– Também não é apenas na praia que devemos utilizar o protetor solar. Devemos aplicar sempre que houver exposição ao sol, especialmente em horários com maior incidência de radiação UVB. Portanto, sempre ao sair de casa, lembre-se de proteger a pele contra a radiação solar.
– Para garantir sua eficácia, o filtro solar deve ser aplicado pelo menos 30 minutos antes da exposição ao sol.
– Na praia, o ideal é reaplicar o protetor cada vez que sair da água ou em um intervalo de 2 horas, mesma frequência de reaplicação recomendada para casos de transpiração excessiva.
– Em locais onde a exposição não é elevada, mas ainda presente, a recomendação é reaplicar o produto a cada 3 horas. Para estar sempre protegido, você precisa levar seu filtro solar por onde for.
– Fique atento aos rótulos dos protetores para saber suas particularidades, instruções e recomendações de uso.
– Por fim, preste atenção na quantidade ideal de protetor solar. É recomendado aplicar cerca de uma colher de chá para cada parte do corpo, dividindo a aplicação da seguinte forma:
- Rosto e pescoço;
- Parte da frente do tronco;
- Parte de trás do tronco;
- Braços (uma colher de chá para cada);
- Parte da frente das pernas;
- Parte de trás das pernas;
- Pés.
– Não basta apenas aplicar o produto nas regiões expostas e na quantidade correta. É preciso também espalhar o filtro solar, de maneira uniforme, por todo o corpo.
Psoríase: mesmo sem cura, tratamentos são eficientes 49632c
A médica Tatiana Reinhardt tem anos de experiência com os tratamentos da psoríase. “Me orgulho deste trabalho e sinto uma enorme gratidão pode poder ajudar as pessoas que têm a doença”, diz a médica. “É muito bom poder fazer a diferença na vida das pessoas, uma vez que é uma doença inflamatória e crônica, para a qual hoje em dia existem tratamentos muito eficazes, reduzindo até 100% dos sintomas”, afirma Dra. Tatiana. “Saber fazer um diagnóstico correto, um manejo correto, faz a grande diferença na condução e evolução da doença”, diz.
O que é a psoríase? 1q4j5f
A psoríase é uma doença inflamatória e autoimune que atinge diversas partes da pele, podendo atingir o couro cabeludo apenas ou demais partes. Ela é crônica, mas mesmo sem cura, tem tratamento e, principalmente, não é contagiosa.
A maioria dos casos traz transtornos emocionais para a pessoa, o que a faz dar ainda mais importância para um tratamento eficaz. O estresse é um dos fatores muito importantes no desencadeamento da psoríase, portanto, cuidar da saúde mental e manter a pele bem hidratada ajuda muito.
Hoje há várias opções de tratamento, dependendo de cada situação da psoríase: desde cremes, xampus, loções, fototerapia, até medicações orais e injetáveis (imunobiológicos).
É necessário fazer uma avaliação com profissional experiente para saber conduzir o tratamento adequado com sucesso.
O que é? 2x6h33
A doença é cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. É auto-inflamatória da pele, na qual por predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento, causam o aparecimento de lesões avermelhadas e que descamam na pele.
Sintomas da psoríase 4x3u4v
Variam de paciente para paciente, conforme a apresentação e gravidade da doença, mas podem incluir:
- Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
- Pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas.
- Pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento;
- Coceira, queimação e dor;
- Unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões);
- Inchaço e rigidez nas articulações; em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.
Em casos comuns de psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes. Além disso, alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico já existente, dentre eles:
- Histórico familiar – entre 30% e 40% dos pacientes de psoríase sabem ter familiar de primeiro grau com psoríase;
- Estresse – Um número expressivo de pacientes refere-se ao aparecimento ou agravamento das lesões após estresse agudo ou crônico, como perda de um familiar, por exemplo;
- Obesidade – excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver psoríase e pacientes com psoríase tendem a apresentar peso acima do ideal;
- Tempo frio – como a pele fica mais ressecada, a psoríase tende a melhorar com a exposição solar;
- Infecções diversas;
- Medicamentos, sendo os mais comuns os antimaláricos (ex. cloroquina), medicamentos para tratar hipertensão (ex. propranolol e outros betabloqueadores) e lítio (para tratamento do transtorno bipolar);
- Consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo – tendem a piorar as lesões existentes.
Há vários tipos de psoríase, sendo necessário procurar um médico especializado no tratamento da doença para poder identificar, classificar e indicar a melhor opção terapêutica caso a caso. Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade.
É importante estar atento ao aparecimento da doença. Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure o médico imediatamente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais precoce será o tratamento e menores os riscos de impacto da doença sobre a qualidade e quantidade de vida.
Fontes:

Dra Tatiana Reinhardt – Médica – CRM 13757/SC – Membro do Grupo Brasileiro de Melanoma e da ABD (Academia Brasileira de Dermatologia).
SBC – (Sociedade Brasileira de Dermatologia)
Inca – Instituto Nacional do Câncer
www.minhasaúde.com.br