Lambida de cachorro pode disseminar bactérias resistentes a antibióticos, diz estudo r2e4i

Apesar dos riscos apontados no novo estudo, os autores não são contra a adoção de animais de estimação 5wj6y

O cachorro é considerado o melhor amigo do humano, mas a lambida do pet pode ser perigosa para a saúde do tutor. Um estudo conjunto feito por pesquisadores portugueses e britânicos aponta que deixar o animal de estimação lamber o rosto ou comer do prato do dono pode contribuir para a proliferação de superbactérias.

Novo estudo mostra que animais de estimação podem contaminar seus donos com bactérias resistentes a medicamentos – Foto: Pixabay/Reprodução/NDNovo estudo mostra que animais de estimação podem contaminar seus donos com bactérias resistentes a medicamentos – Foto: Pixabay/Reprodução/ND

O resultado da pesquisa será apresentada no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas em Lisboa no final deste mês.

Os cientistas temem que cães e gatos estejam se tornando reservatórios potenciais para cepas de bactérias resistentes a antibióticos. As informações foram divulgadas pelo site da Exame.

Como funcionou a pesquisa 3w2s5j

Os pesquisadores do Royal Veterinary College do Reino Unido e da Universidade de Lisboa, analisaram as fezes de humanos e animais que habitam 41 lares portugueses e 45 britânicos. Foram incluídos, no total, 114 pessoas, 85 cães e 18 gatos.

As amostras foram coletadas e depois testadas geneticamente para superbactérias. Cepas de E.coli resistentes a medicamentos foram achadas em 14 cães, um gato e 15 humanos. Estas bactérias podem ser fatais em alguns casos. Elas são conhecidas por serem resistentes a vários antibióticos, como a penicilina.

Os cientistas acreditam que a transmissão destas superbactérias ocorre através da via fecal-oral.

Os animais de estimação lambem suas regiões íntimas e outras partes de seus corpos, espalhando os micro-organismos resistentes pela superfície de seus pelos.

Depois, seus donos entram em contato com eles e levam as mãos à boca antes de lavá-las, se infectando. Coletar as fezes do cão ou gato e não lavar as mãos logo depois também pode ser uma via de contaminação, afirmam os pesquisadores.

Em quatro casas, os humanos e animais de estimação tinham as mesmas bactérias com genes de resistência a antibióticos. Isso confirma a hipótese de que um contaminou o outro.

O estudo foi apenas observacional, o que significa que não pode provar que os animais de estimação foram diretamente responsáveis pela disseminação de superbactérias para seus donos.

Descobertas são preocupantes 106t18

Em entrevista a jornais britânicos como Daily Mail e The Telegraph, Juliana Menezes, especialista em ciência veterinária e principal autora do estudo afirmou que as descobertas são preocupantes.

Ela pontua que antes do surgimento da Covid-19, a resistência aos antibióticos eram uma das “maiores ameaças à saúde pública”. A especialista alerta que uma superbactéria pode tornar intratáveis condições como pneumonia, sepse, infecções do trato urinário e até feridas.

“Nossas descobertas reforçam a necessidade de as pessoas praticarem uma boa higiene em torno de seus animais de estimação e reduzirem o uso de antibióticos desnecessários em animais de companhia e nas pessoas”, disse ela ao Daily Mail.

O uso indiscriminado de antibióticos aumenta as chances de uma bactéria se tornar resistente ao medicamento. Isso, consequentemente, diminui o arsenal de opções de terapia diante de uma infecção, o que aumenta a incidência de mortes.

Como evitar 153an

Os autores do estudo sugerem que os humanos devem evitar a disseminação dessas bactérias dentro da casa.

Para isso, seria necessário diminuir a relação próxima entre os tutores e seus animais de estimação, além de aumentar as práticas de higiene, como lavar as mãos após a coleta de dejetos de cães e gatos, ou mesmo depois de acariciá-los.

Apesar dos riscos apontados no novo estudo, os autores não são contra a adoção de animais de estimação. Estudos já apontaram os benefícios para a saúde física e mental de ter um pet em casa.

Isso inclui ajudar a reduzir a pressão arterial e fornecer companhia para aumentar as oportunidades de se exercitar e socializar com outras pessoas.

No início deste ano, pesquisadores da Universidade de Washington e da Universidade de Oxford disseram que infecções resistentes a antibióticos mataram diretamente 1,2 milhão de pessoas em 2019 e contribuíram indiretamente para a morte de mais 5 milhões.

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