A Fecam (Federação Catarinense dos Municípios) pretende sair na frente na imunização para o coronavírus em Santa Catarina. Há cerca de três semanas, a entidade iniciou tratativas com o governo de São Paulo e vai , em breve, um protocolo de intenções dando preferência aos municípios do Estado na aquisição da Coronavac, quando a vacina for autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A Fecam quer garantir que o Instituto Butantan considere o fornecimento da Coronavac aos municípios catarinenses. Em entrevista, o presidente da entidade, Paulo Roberto Weiss (PT), que é prefeito de Rodeio, disse que as autoridades não podem permanecer somente com medidas restritivas e medidas sanitárias.
“Temos que partir, definitivamente, para a solução que é em busca de uma vacina”, disse Weiss.

Além de garantir a preferência na aquisição das doses da vacina – que segundo ele custaria entre R$ 16 e R$ 20 – outra intenção da Fecam é envolver o governo do Estado nas tratativas.
“Até agora, não ouvimos do governo do Estado nada nesse sentido de buscar uma vacina. O Paraná fechou com a vacina russa, São Paulo tem a Coronavac. (…) vamos pressionar o governo do Estado para ser parceiro”, argumenta Weiss.
Estado aguarda governo federal 1b5o1
O Estado, por sua vez, ainda precisa ser ‘provocado’ nesse sentido. Segundo informações da assessoria da Secretaria de Estado da Saúde, Santa Catarina aguarda o próximo Plano Nacional de Imunização do Governo Federal, ou seja, a política do governo federal para as vacinas, que virá em 2021.
A assessoria também informou que este é o plano que o governo sempre aderiu e que imuniza a população contra a H1N1, por exemplo. Segundo a fonte, Santa Catarina vai aderir tão somente ao que estiver determinado no plano.
Com isso, a ideia do presidente do Fecam de trazer o governo do Estado para as negociações da Coronavac fica em aberto, mas o que a entidade deseja é somar forças.
“A Fecam puxou o debate, mas a gente quer que o Estado venha conosco, para não ficarmos somente nas medidas paliativas e discutir, de fato, a solução”, disse o presidente da entidade.
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A viagem de Paulo Weiss a São Paulo depende, agora, da confirmação do Instituto Butantan e da Secretaria de Saúde de São Paulo. A previsão de retorno é na quinta-feira (26), quando deve ser definida a data do encontro para do protocolo de intenções.
“É a vacina mais adiantada e ível e tem possibilidade de rodar no primeiro semestre de 2021 (…) Temos que voltar a discutir as coisas. A contaminação aumentou de novo e está chegando a temporada do verão, nas cidades litorâneas, tende a subir os índices”, disse Weiss.
Desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, a Coronavac está na fase III de desenvolvimento no Brasil.
Esta é a última etapa de estudo, na fase que precede a obtenção do registro sanitário e a disponibilização para a população.