Os pais do pequeno Jonatas Openkoski, que possui AME (Atrofia Muscular Espinhal) tipo 1, denunciaram nesta semana um caso de negligência em um hospital infantil de Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina.
Segundo a denúncia, feita pelas redes sociais, o pequeno foi atendido na última quarta-feira (12) para a troca de prótese tráqueo-esofágica. O pai do bebê, Renato Openkoski, afirma que os médicos “cortaram o pescoço” de Jonatas.

“Quase degolaram meu filho”, afirmou Renato pelas redes sociais. Segundo ele, o bebê voltou para casa ainda sangrando. “Queremos justiça pelo foi feito”, pede.
Segundo a família, no prontuário foi informado que a criança já chegou à unidade com os machucados, que teriam sido causados por contato prolongado com o plástico da própria prótese. No entanto, o pai afirma que o corte foi feito pelos médicos do hospital.
O Hospital Infantil Pequeno Anjo se manifestou por meio de nota. A instituição afirma que instituiu uma comissão de investigação interna para “reverificar e auditar todos os atos praticados dentro de nossas dependências, quanto ao caso específico”.
A Comissão de Ética Médica do hospital também iniciou um processo próprio de investigação deste caso. Segundo o hospital, até agora “não foram identificadas quaisquer condutas culposas ou dolosas praticadas pelos profissionais que prestaram atendimento à criança”.
A instituição ainda afirmou que todos os atendimentos e procedimentos seguem procolos internos e tudo é registrado em um sistema e que não seria possível alterar informações sem os registros das alterações.
Em relação à entrega do prontuário, o hospital informa que “respeita estritamente a legislação vigente no que tange aos prazos e procedimentos” e que este documento não pode ser alterado. “Jamais houve recusa ou demora para entrega deste documento”, afirma a nota.
“Informamos que todas as providências necessárias para o esclarecimento do caso foram tomadas e já entramos em contato com todas as autoridades para prestar esclarecimentos, compartilhar documentos e auxiliar as respectivas autoridades, no esclarecimento destes fatos. Com a apuração final do ocorrido, as devidas medidas de responsabilização e acautelatórias serão adotadas”, finaliza a nota.